18 de maio de 2018

Taxa de desocupados cresce em Rondônia

A taxa de desocupação em Rondônia cresceu de 8% para 10,4%, conforme apontou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mostra que apesar do Estado ser a terra das oportunidades onde registra um dos melhores PIB da economia, ainda existe uma importante mão de obra de pessoas qualificadas disponíveis para contratação. 
Para chegar a esse percentual, o IBGE fez uma análise comparando o primeiro trimestre de 2017 com 2018. No Norte do Brasil, a taxa de desocupação reduziu no Amazonas, despencando de 17% para 13%, enquanto no Amapá, a situação é bem preocupante: 18,5% para 21,5%. As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,5%) Mato Grosso do Sul (8,4%), Rio Grande do Sul (8,5%) e Mato Grosso (9,3%).
No cenário nacional, a situação é bem preocupante, conforme mostrou os números do IBGE, na região Nordeste, onde o percentual é um dos maiores da região do Brasil. Sem dúvida, será uma região que passará a ganhar um tratamento especial na busca de votos nas próximas eleições. 
De acordo com a pesquisa, os menores percentuais de empregos (exceto domésticos) com carteira de trabalho assinada na iniciativa privada, estavam nas regiões Nordeste (59,7%) e Norte (62,9%) e o maior, no Sul (83,3%). Apenas o Norte apresentou expansão dessa proporção em relação ao 1º trimestre de 2017 (de 59,9% para 62,9%), enquanto as demais registraram queda. 
Rondônia, apesar desse crescimento, mostrou que é a terra das oportunidades e é capaz de superar esses índices na região, mas algumas políticas de governo precisam ser revistas. Um exemplo claro disso é a problemática enfrentada na região de Guajará-Mirim, onde a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) estabeleceu novos critérios para o transporte de cargas pelo rio Mamoré, medida que impactou drasticamente a vida dos comerciantes na região. Por conta da nova resolução, o comércio está com as atividades paralisadas na fronteira. 
São medidas simples que precisam ser ajustadas no Norte do Brasil, onde a estrutura governamental dos Estados e municípios está um pouco afastada das necessidades  emergenciais da população. O comércio de Rondônia e Acre, por exemplo, sofre com os constantes bloqueios na BR-364, única via de acesso terrestre da população aos demais Estados do País. Quem perde com esses protestos é o comércio, que poderia dobrar a utilização da mão de obra disponível hoje no mercado.

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