28 de junho de 2017

O perigo que vem da terra

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, está chamando a atenção da comunidade internacional para o problema da poluição dos solos, causada principalmente pelo excesso de produtos químicos usados na agricultura. De acordo com o relatório apresentado esta semana, cerca de um terço dos solos do mundo está degradado devido a problemas de manejo.
Uma conferência sobre o assunto serviu para debater o assunto e acontece em Roma, na Itália, onde foi ressaltado que dezenas de bilhões de toneladas de solos são perdidas por ano devido a poluição. A FAO explica que o excesso de nitrogênio e traços de chumbo, de mercúrio e de outras substâncias na terra prejudicam o metabolismo das plantações e as colheitas.
Quando esses poluentes entram na cadeia alimentar, existem riscos para a segurança dos alimentos, para fontes de água e para a saúde humana e animal.  A FAO destaca que combater a poluição dos solos é essencial para tratar o problema da mudança climática. Na reunião sobre o assunto, foram propostas iniciativas para facilitar a troca de informações entre especialistas e países, incluindo a criação de uma rede global de laboratórios de solos.
As campanhas pela redução da quantidade de agrotóxicos no solo precisam ser intensificadas e os órgãos de controle devem estudar medidas que objetivem reduzir o uso desse tipo de produto. 
Recentemente, o pesquisador Ivan Feitosa, fez um alerta, em artigo publicado no Diário, sobre o uso do mercúrio. Segundo ele, o  mercúrio (Hg) é um metal encontrado na crosta terrestre e possui diversas formas químicas como: (Hg) metálico, inorgânico, na forma de sais mercúricos e Hg orgânico ligado a radicais de carbono. O nome do metal homenageia o deus romano “Mercúrio”, o mensageiro dos deuses, e essa homenagem, é em razão da fluidez do metal. O Hg, segundo ele, é altamente tóxico, considerado um poluente global, pois faz parte da vida moderna em função da sua utilização em diversos utensílios, tais como: lâmpadas fluorescentes, equipamentos hospitalares, na produção de cloro, soda cáustica, no garimpo, em rejeitos de indústrias, entre outras atividades humanas.
O homem precisa ter consciência do perigo da poluição do solo em vários aspectos. O tema precisa ganhar eco no Brasil e os gestores públicos precisam começar a pensar em seus netos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário