23 de junho de 2017

O anda e para das obras na 319

A convocação de uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal para tratar da situação da BR-316, no trecho entre o distrito de Realidade até o município do Careiro, no Amazonas foi de fundamental importância na decisão tomada na última quarta-feira pela Justiça Federal, que resultou na liberação da obra de manutenção da rodovia federal, cujo serviço havia sido paralisado há duas semanas.
De iniciativa do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), a audiência pública realizada na última terça-feira no Senado mobilizou as bancadas de Rondônia, do Acre, Roraima, Pará e Amazonas pela relevância da BR-319 na economia da Região Norte. Trata-se de uma rodovia tão importante para o Norte e como é a BR-163, no Mato Grosso, para o Centro-Oeste. 
A 163 tem sua relevância econômica por ser uma rodovia por onde passa a produção de soja de Mato Grosso com destino aos portos do Pará. No início do ano, a forte chuva resultou em um verdadeiro caos e levou o presidente Michel Temer a anunciar uma força-tarefa e recuperação de trechos críticos da rodovia localizada em plena floresta. 
A BR-319 é o único caminho de acesso terrestre do Brasil aos portos de Manaus (AM). Hoje toda a produção de alimentos do Brasil entra por Porto Velho (RO) pela BR-364 e segue à capital do Amazonas por meio da hidrovia do rio Madeira. 
A obra de manutenção da 319 coleciona um histórico de paralisações e não se sabe o verdadeiro motivo. Enquanto na 163 o governo investe pesado para garantir o tráfego de carretas ao ano todo, principalmente em período de chuvas, na 319 parece existir um caminho inverso. Todos os anos existem interrupções dos serviços por inúmeros motivos. 
Na realidade, está comprovado, até mesmo em todos os escopos dos nossos contratos, que não existe nenhum tipo de obra de pavimentação sendo executada nesse trecho do meio da BR-319.
Conforme explicou o diretor-regional do Dnit no Amazonas, todos os nossos serviços contratados são exclusivamente de manutenção e conservação para manter a trafegabilidade.
Galvão informou que as obras na rodovia devem ser retomadas no próximo mês e concluídas em dezembro. Serão feitos cinco serviços: retirada de atoleiros, limpeza das laterais, reforma das pontes de madeira, substituição de bueiros metálicos e revestimento primário.
Os reparos na rodovia só poderão ser retomados quando o Ibama for notificado da decisão da Justiça, o que ainda não aconteceu, de acordo com nota do órgão. Por causa do embargo, o instituto suspendeu, no dia 8 de junho, a licença de instalação das obras e o aditivo ao termo de acordo de compromisso firmado com o Dnit.

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