13 de junho de 2017

A manutenção de uma rodovia que já existe

Rodovia federal BR-319, Foto J. Gomes/Diário da Amazônia
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Amazonas, disse que vai tentar reaver a decisão da Justiça Federal que embargou o serviço de manutenção da BR-319, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM). A rodovia federal estava em processo de manutenção, após liberação do Instituto Brasileiro do Meio e Recursos Naturais Renováveis, o Ibama.
Para o presidente da OAB amazonense, Marco Aurélio Choy, o  que se pleiteia é a manutenção emergencial, que foi suspensa pela decisão. “Nós temos aí o direito de ir e vir do cidadão, que entendemos estar sendo afetado sem a BR-319. Nós estamos em um total quadro de isolamento”, disse em entrevista à Rede Amazônica de Televisão.
O termo aditivo havia sido celebrado em referência ao Termo de Acordo de Compromisso firmado entre o Dnit e o Ibama, no dia 22 de junho de 2007, estabelecendo critérios e procedimentos que adequariam o licenciamento ambiental da BR-319 e garantiriam obras de manutenção entre os kms 250 e 655,7 da via.
Em tempos de crise econômica no Brasil, a BR-319 é nesse momento a única alternativa emergente de mudar o rumo da economia brasileira com escoamento da produção agrícola do Brasil até o mercado amazonense. Rondônia tem se destacado na exportação de produtos para o restante do Brasil e exterior por meio da hidrovia do rio Madeira. Ocorre que uma viagem até a cidade de Manaus, apesar de ser econômica, geralmente consome quatro dias de viagem. Com a rodovia restaurada, esse tempo encurtará para 1 dia.
O turismo é visto pela população rondoniense como outra forma de impulsionar a economia dos dois Estados, além de atrair turistas de outras  regiões para conhecer a Amazônia. Sem dúvida, o Amazonas tem forte interesse em garantir a estrada em boas condições de trafegabilidade. A Federação da Indústria do Estado de Rondônia (Fiero) disse que a rodovia federal é uma questão de prioridade para a indústria nesse momento.
A Fiero é uma das principais apoiadoras da mobilização em defesa da manutenção da BR. Segundo a entidade, o mercado rondoniense tem sede de comercializar seus produtos no Estado amazonense, mas a falta de logística tem comprometido esse desejo. Com a estrada em boas condições de tráfego, será possível transportar alimentos produzidos em solo rondoniense com qualidade, principalmente carne, frango e peixe. Todos ganham com a rodovia em bom estado de conservação.

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