17 de maio de 2017

Um alerta aos jovens no volante

A organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou ontem o relatório mostrando que a cada ano morrem 1,2 milhão de adolescentes entre 10 e 19 anos por causas evitáveis. Segundo o estudo, os acidentes de trânsito (115.302), infecções respiratórias (72.655), suicídios (67.149), doenças diarreicas (63.575) e afogamentos (57.125) foram as principais causas de morte entre os adolescentes em 2015.
A divulgação do relatório acontece justamente no mês em que ocorre a campanha Maio Amarelo, encabeçada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e focada em uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. A intenção da campanha, e da OMS também, é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada. 
Com relação aos números divulgados ontem pela OMS, na maioria de ocasiões, os menores mortos nas estradas são usuários vulneráveis: pedestres, ciclistas ou motociclistas. Quase 88.590 em relação às vítimas do sexo feminino da mesma idade (26.712) morreram por ferimentos ocasionados por conta de acidentes em via pública.
O custo financeiro para o Estado com esses acidentes é altímisso, além das consequências para as famílias. São 3 mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo, conforme relatório divulgado ontem mesmo na página eletrônica do Senado Federal. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade, o segundo na faixa de 5 a 14 anos e o terceiro na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano, ou um percentual entre 1% e 3% do produto interno bruto de cada país.
O relatório destaca que se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a “Década de ação para a segurança no trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, 5 milhões de vidas até 2020.
O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. O estudo destaca que juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito, uma triste realidade para a sociedade.

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