10 de fevereiro de 2017

As mortes na BR-364 e o ministro Maurício Quintella

Uma mobilização promovida na noite da última quarta-feira por estudantes da escola João Bento da Costa resultou no fechamento da BR-364 no perímetro urbano de Porto Velho. Os estudantes e moradores  protestaram pela morte trágica da estudante Auricélia Cardoso Soares, de 15 anos, que faleceu após ser atropelada por uma caçamba. O incidente comoveu a população.  
Além de Auricélia, foi atropelada no mesmo local a estudante Marília Delvídio, que recebeu alta ontem. É o segundo acidente com morte que ocorre no mesmo local. No mês passado, um trabalhador foi atropelado por um caminhão ao tentar fazer a travessia da BR. O protesto foi a única forma encontrada por moradores para chamar a atenção das autoridades.
Até quando a sociedade vai assistir essa matança na rodovia federal?. Já passou da hora da BR-364 ser sinalizada e receber novas passarelas. Diariamente, centenas de pessoas fazem a travessia a pé da BR-364. São estudantes de faculdades particulares e das redes e ensino municipal e estadual que se arriscam todos os dias fazendo a travessia. O perigo aumenta principalmente no período da noite. Não existe iluminação e os motoristas  costumam não respeitar a pouca sinalização.
Com o período da colheita da soja, centenas de carretas transitam diariamente pela rodovia federal com destino ao Porto Graneleiro. Um levantamento produzido pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER) revela que mais de 5 mil veículos (entre carretas e carros populares) transitam diariamente pela rodovia, aumentando o risco de acidentes.
Alguém precisa chamar com certa  urgência a atenção do Ministério dos Transportes, órgão responsável pela rodovia federal. No ano passado, Porto Velho recebeu a visita do ministro Maurício Quintella, que veio ao Estado participar da solenidade de inauguração do viaduto do Trevo do Roque. Na capital, o ministro assinou a ordem de serviço para a obra de dragagem do rio Madeira, mas não se falou na liberação de recursos para a construção de passarelas.  
Enquanto isso, o índice de acidentes na ‘Rodovia da Morte’ está aumentando na capital e interior do Estado por conta da falta de sinalização, conversação e até mesmo imprudência dos motoristas. Até quando as autoridades políticas vão permitir que pessoas morram vítimas de acidente? Socorro ministro!

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