29 de dezembro de 2016

Menos custo com a produção agrícola de Rondônia

Em recente entrevista ao programa Campo e Lavoura, da Rádio Globo AM de Porto Velho, o governador em exercício Daniel Pereira (PSB) demonstrou otimismo com o crescimento do Estado em 2017, apesar da forte crise que ronda os estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A produção de soja do Estado atingiu números positivos em 2016, conforme relatório finalizado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e já ultrapassa cifras de R$ 1 trilhão. 
Um levantamento produzido em 2010 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) revela que o custo do transporte de cargas nos noves Estados da Amazônia poderá chegar a R$ 33,5 bilhões em 2020. Esta estimativa dos gastos com transporte é em decorrência da falta de estradas na Amazônia e péssima qualidade da BR-364, portal de entrada de grãos da Amazônia com destino aos portos do Pará. 
A hidrovia do rio Madeira, em Porto Velho (RO), surge como uma importante rota alternativa e econômica na Amazônia no processo de escoamento de grãos de Rondônia e Mato Grosso aos portos do Amazonas e Pará. O novo corredor do Madeira do Arco Norte liga Porto Velho até o município de Itacoatiara (AM) e vai proporcionar um custo menor do transporte de grãos para o mercado internacional. 
O Governo Federal sempre teve grande interesse em tornar a hidrovia do Madeira uma realidade e neste ano o projeto de fato vai sair do papel. Dragar o rio Madeira significa retirar os bancos de areia que estão no leito do rio Madeira, o que impede a navegação das barcaças que transportam soja em grande escala até o porto de Itacoatiara. 
A dragagem do rio tem importante valor para a economia de Rondônia e faz parte do otimismo econômico projetado pelo governador em exercício e também pelo governador Confúcio Moura (PMDB), conforme entrevista feita ao Diário e Rede TV!. Hoje o custo com a manutenção de caminhões que trafegam pela BR-364 é altíssimo e encarece o preço do transporte. Com o volume elevado da demanda de grãos projetado pelo IBGE para 2017, Rondônia terá uma média de mais de 600 caminhões transitando diariamente pela rodovia federal ou circulando pela BR-163 rumo aos portos do Pará. 

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