8 de novembro de 2016

O retorno das obras inacabadas

O Governo Federal anunciou ontem a retomada nos próximos quatro meses de 1.110 obras inacabadas por todo o País e a estimativa é que elas vão gerar algo em torno de 45 mil empregos em diversos pontos do Brasil. A iniciativa, sem dúvida, faz resgatar o autoestima da população, como bem disse o governador Confúcio Moura (PMDB), na ocasião da liberação de uma pista do elevado do Trevo do Roque.
Durante visita ao Estado na última quinta-feira, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, afirmou que hoje no Brasil existe mais de 10 mil obras de pequeno porte inacabadas em todo o Brasil, e para o governo concluir a União deveria ter em caixa mais de R$ 77 bilhões. Outra: para executar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) seriam necessários R$ 36,5 bilhões, no entanto o orçamento para 2017 é de R$ 2, 5 bilhões. Isso significa dizer que seriam preciso pelo menos 15 anos para concluir as obras de infraestrutura no Brasil.
Em Porto Velho, a maior obra paralisada do Governo Federal é o projeto de construção de seis elevados. Essas obras fazem parte do PAC e foram paralisadas há mais de 8 meses. A população que reside na zona Sul de Porto Velho ainda enfrenta agonia com a obra do elevado da avenida Campos Sales com a BR-364. O ministro Maurício Quintella visitou o local e deixou claro que a retomada desse projeto está assegurado no orçamento do próximo ano.
Outra obra importante que merece uma atenção especial do Governo Federal é o projeto de esgotamento sanitário do município de Porto Velho. Esse projeto prevê uma contrapartida do município de Porto Velho e governo, mas a obra não prosperou em decorrência de indícios de irregularidade em mais de R$ 200 milhões. Inclusive hoje, o Tribunal de Contas da União (TCU) analisará um pacote de obras paralisadas com indícios de irregularidades.
Caberá aos ministros do TCU decidir o futuro das obras paralisadas em Rondônia. A população sofre bastante, principalmente nessa época do ano, quando aumenta o volume de chuva. A capital ainda sofre com a falta de saneamento básico, infraestrutura das ruas e esgoto a céu aberto. O resultado da paralisação do esgotamento sanitário de Porto Velho produz um aumento significativo do aumento de pacientes nas unidades de saúde.

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