5 de outubro de 2016

As obras dos elevados e o próximo prefeito

Operários acompanham a liberação da pista. (J. Gomes)
Fim do sofrimento. É assim que a população pode resumir o ato de entrega de uma pista do elevado do Trevo do Roque, em Porto Velho. Não se tem dúvida que a conclusão de parte da obra fez alimentar a esperança de dias melhores para o município na questão da mobilidade urbana.
Diariamente longas filas de veículos e caminhões se formam no trecho entre a avenida Jorge Teixeira e BR-364. É grande o fluxo de carretas com destino ao porto graneleiro de capital. O fluxo de caminhões fica mais comprometido nos horários de pico, justamente quando existe um número maior de pessoas retornado para suas casas após um dia longo de trabalho. O movimento, nesse mesmo horário também é intenso de estudantes que utilizam os elevados com destino às faculdades.
A obra do elevado é importante para o município, mas ainda há muito por fazer no sentido de melhorar a estrutura das vias de maior fluxo de veículos. A população da zona Sul espera ainda pela conclusão do trecho da avenida Campos Sales com a BR-364, onde todos os dias os motoristas enfrentam longas filas de veículos.

Os cortes no Orçamento Geral da União inviabilizaram a conclusão dos elevados da Três e Meio e da Campos Sales. O valor reservado no orçamento do Ministério dos Transportes já não atende o custo da obra. Será necessária a intervenção da bancada federal de Rondônia no sentido de convencer o presidente Michel Temer (PMDB) a autorizar a liberação de recursos para a conclusão das trabalhos.
A população de Porto Velho já ultrapassou 500 mil habitantes e a estrutura das ruas pouco melhorou. O próximo prefeito que assumir no dia primeiro de janeiro precisará investir pesado na melhoria da sinalização vertical e horizontal da cidade. Precisará também correr contra o tempo e sentar com a bancada federal no sentido de viabilizar as prioridades para Porto Velho.
Não se pode esquecer também da obra do Contorno Norte, uma estrada alternativa que tem como finalidade receber veículos que transportam soja com destino ao Porto Graneleiro. Com essa obra concluída, será possível reduzir em mais de 80% o fluxo de caminhões transitando no perímetro urbano da cidade. Ganha o caminhoneiro, que poderá retornar com mais rapidez a sua cidade de origem, ganha a população com menos caminhões transitando pelas ruas da região central.

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