19 de setembro de 2016

A Lava Jato, prisões e a corrida eleitoral

Restando apenas 14 dias para as eleições de outubro, o eleitor caminha livremente indeciso em quem votar nas próximas eleições e ainda se recupera dos escândalos de corrupção produzidos pela operação “Lava Jato”, deflagrada pela Polícia Federal. Esta semana em Rondônia foi preso o prefeito de Cujubim, Fábio Patrício Neto (PMDB), candidato à reeleição pela coligação “O Trabalho Continua”.
Rondônia perdeu para o Estado vizinho, o Acre. A Polícia Federal acriana conseguiu prender esta semana dois prefeitos. A segunda fase da Operação Labor, da PF, pôs na cadeia na última quarta-feira (14), os prefeitos de Santa Rosa do Purus, Rivelino Costa, e de Plácido de Castro, Roney Firmino. Além deles, o prefeito de Bujari, Raimundo Ramos – o Tonheiro, também teve a prisão decretada, mas estava foragido.
A população, de fato, não esconde o total descrédito com a classe política. Essa semana, após o juiz Sérgio Moro decretar a prisão do pecuarista Sérgio Bumlai e denunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a situação da classe política se agravou. Lula disse que a vida política é uma das profissões mais difíceis. Segundo o ex-presidente, o político vive sendo chamado de ladrão e mesmo assim, vai pedir votos nas ruas “diferente do servidor público que passa em concurso público e vive o resto da vida tranquilo”.
Segundo apurou a PF nas investigações da operação Lava Jato, o desvio de recursos do Governo Federal contemplava as campanhas eleitorais pelo Brasil. Com o fechamento das torneiras da Petrobras, de onde saía milhões de recursos, as campanhas se tornaram um verdadeiro desafio. Na reta final do processo eleitoral, o que se percebe hoje são campanhas com menos recursos e maior esforço dos candidatos.
A disputa não está sendo nada fácil para quem ingressa no mundo político. Políticos mais experientes e considerados campeões de votos também enfrentam problemas na caça por votos. A Justiça intensificou a fiscalização no combate ao caixa 2 de campanha e fechou uma importante parceria com a Receita Federal para identificar os doares de campanhas. O resultado dessa união de forças refletiu diretamente nos comitês eleitorais. O que se percebe hoje é que os políticos estão enfrentando uma das piores campanhas eleitorais. Convencer o eleitor a votar no dia 2 de outubro não será uma missão tão fácil como muitos imaginam.

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