13 de julho de 2016

Um remédio amargo chamado de CPMF

A possibilidade de retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não está descartada e ganha força dentro da política econômica adotada pela equipe do governo interino de Michel Temer (PMDB). Nos corredores do Congresso Nacional, o imposto está sendo chamado pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Wellington Fagundes (PR-MT) como “forma eficaz” de arrecadação.
Ontem, conforme mostrou reportagem da Agência Brasil, a recriação da CPMF, no entanto, ainda não foi aprovada pelo Congresso, onde tramita em forma de proposta de emenda à Constituição. À reportagem, o deputado Fagundes fez questão de deixar claro que o parecer que trata da arrecadação com a CPMF é o mesmo enviado pela equipe econômica da Presidente afastada Dilma Rousseff, e que foi mantido pelo Governo Temer.
A população, sem dúvida alguma, não aprova a recriação desse imposto, mas o retorno da CPMF é única alternativa emergente encontrada até o momento pela equipe econômica de Temer para cobrir o rombo nos cofres públicos. O governo terá um déficit de mais de R$ 150 bilhões no próximo ano, conforme as projeções da equipe do Banco Central.
Ontem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicou um estudo sobre o retrato da população brasileira, serviços públicos, tributação e serviços. O Diário teve acesso ao estudo e constatou que a maioria dos brasileiros (70%) considera que a CPMF é um tributo injusto, uma vez que afeta as pessoas  independentemente do seu nível de renda. O estudo indicou que são 61% os que reconhecem que a CPMF afeta a todos, e não só quem possui conta bancária, e 59% concordam que a recriação da contribuição geraria aumento nos preços dos produtos.
Mesmo com o retorno da CPMF, a população não terá perspectiva de melhoria na saúde, educação e segurança pública, um problema que afeta todos os estados da federação. A prioridade nesse momento é salvar as finanças públicas e recuperar o rombo eminente Orçamento da União 2017, ocasionado em decorrência da corrupção projetada no escândalo da operação Lava Jato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário