2 de julho de 2016

Maior rigor na prestação de contas e doações nas eleições

Deflagrada pela Polícia Federal, a operação Lava Jato contabilizou o desvio de milhões de recursos dos cofres públicos por meio de empresas estatais e permitiu a Justiça Eleitoral aprimorar a legislação eleitoral no processo de doação de recursos de empresas a partidos políticos. 
As operações deflagradas pela polícia e Ministério Público Federal (MPF) nos últimos meses constataram que PMDB, PT, PSDB e PP foram os maiores beneficiados com recursos injetados por empresas envolvidas no maior escândalo de corrupção: a operação Lava Jato. Esses partidos, sem dúvida, foram também os maiores beneficiados com o dinheiro sujo. 
O resultado dessa concorrência desleal econômica foi a eleição de políticos ligados a esses partidos contemplados com o dinheiro. São essas legendas que hoje lideraram o maior número de senadores e deputados no Congresso Nacional. São eles também que de fato acabam legislando e conduzindo o futuro do Brasil. O resultado de todo esse cenário é refletiu diretamente no crescimento do desemprego e o Brasil reduzindo a credibilidade no mercado internacional.  
Segundo a Polícia Federal, o esquema nas eleições de 2010 e 2012 funcionou da seguinte forma: as empresas citadas na operação Lava Jato fizeram doações aos partidos políticos; em troca, essas empresas foram contempladas com as maiores obras do governo federal, entre elas a construção da Usina de Belo Monte e estádios para os jogos da Copa do Mundo. Ocorre que todo esse dinheiro injetado no PMDB, PT, PSDB e PP foi declarado à Justiça Eleitoral como doação de campanha. E a Justiça aprovou as prestações de contas das legendas beneficiadas com o dinheiro público. 
O Brasil está bem próximo de eleger mais de 5 mil prefeitos e mais de 40 mil vereadores e o Ministério Público Eleitoral já emite sinais que estará bem vigilante às doações de campanha à partidos políticos, candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores.
A partir de agora, as regras serão mais rígidas. O processo eleitoral de outubro vai exigir do candidato maior atenção na origem do dinheiro que será aplicado na campanha. Os presidentes de partidos também deverão ficar atentos às doações. A Justiça Federal estabeleceu maior rigor na fiscalização do financiamento de campanha e na prestação de contas dos candidatos. Sem dúvida, essa eleição vai requerer do candidato muita conversa direta com o eleitor, hoje desacreditado com a classe política. 

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