21 de junho de 2016

Propina legalizada na prestação de contas

Quem não entende muito de política precisa estar cada vez mais sincronizado com as notícias de Brasília. Os últimos escândalos de corrupção resultaram na prisão de empresários, dirigentes partidários e políticos. A política não pediu licença para entrar, mas hoje domina com maior frequência o noticiário nacional em função da operação policial batizada de Lava Jato.
A política se tornou hoje o principal entrave da economia brasileira. O Palácio do Planalto, hoje conduzido pelo presidente interino Michel Temer (PMDB), não conseguiu encontrar a saída para a retomada do crescimento. A Câmara Federal trabalha para afastar definitivamente o seu presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enquanto o Senado se dedica na Comissão do Impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). E o país segue parado!
E tudo isso acontece bem próximo de uma eleição municipal. A população vai às urnas no mês de outubro para eleger mais de cinco mil prefeitos e 20 mil vereadores.  A política passou a fazer parte do cotidiano até mesmo daqueles que não se envolviam com processo eleitoral e manifestavam desinteresse em tratar do assunto. Mas do que nunca, o eleitor necessitará estar atento na hora de votar nas eleições e no partido político - muitos eleitores não votam no candidato, mas depositam o voto na legenda partidária.
Os desvios de recursos na Petrobras tiveram participação ativa de políticos e o destino desse dinheiro teve um caminho certo: as contas dos maiores partidos políticos, o PT, PMDB e PP. Todo o dinheiro foi contabilizado pela Justiça Eleitoral e as prestações de contas partidárias estão sob análise da Justiça Eleitoral. Quem teve o nome citado na operação Lava Jato está justificando que o dinheiro doado (propina) é fruto de doação de campanha e que essa ação foi legal.
Conforme delação premiada  de Vinícius Veiga Borín, dono de uma empresa de consultoria, a Odebrecht  chegou a criar o departamento da propina. Trata-se de um setor denominado de “operações estruturadas”.
A população, além de precisar entender um pouco de política, tem que saber o procedimento das doações partidárias e para onde vai o dinheiro que é aplicado nas campanhas eleitorais. É justamente por conta dessas doações de empresas (propinas) que o Brasil está estagnado com sua economia em queda acelerada e imagem totalmente negativa no mercado internacional. Vai levar muito tempo para o Brasil se recuperar, mas diante de tudo que acontece hoje é possível afirmar: o brasileiro estará mais atento na hora de votar.

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