14 de março de 2016

As rodovias federais de Rondônia pedem socorro

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) fez uma avaliação em 2015 das 7 rodovias federais em Rondônia e constatou graves problemas em uma extensão de 1.943 quilômetros pesquisados em território rondoniense. Os números que constam no estudo da confederação, em especial da BR-364, podem não indicar a verdadeira realidade constatada por motoristas que trafegam diariamente pelo local fazendo o transporte de cargas. A estrada liga o Mato Grosso a Rondônia.
A principal rodovia que corta o estado de Rondônia de Norte a Sul, segundo o estudo da CNT, recebeu em um trecho de 1.096 quilômetros de extensão pesquisado o indicativo de que a via está em bom estado de conservação. O estudo revela ainda que está em boas condições a pavimentação da rodovia, bem como sinalização e a geometria da via. Já o estudo de 2014 mostrou que o estado geral da estrada estava em condição regular. Na época, a extensão pesquisada foi de 1.093 quilômetros.
Outro fator que desperta bastante atenção do estudo é com relação a sinalização. De acordo com a confederação, a condição de sinalização da estrada está na classificação de bom estado. Já os números apontados pela Polícia Rodoviária Federal revelam que em 2015, apesar da boa condição de sinalização da estrada, foram registradas  mais de 2.326 acidentes com 111 mortes. Um absurdo. Não estão nos registros policiais o número de pessoas que ficaram com sequelas em função desses acidentes fatais.
Se a estrada está em boas condições de trafegabilidade, sinalização e pavimentação, o que então provocaria esse número elevado de acidentes? A imprudência seria a melhor forma de justificar essas mortes? É possível que a situação piore este ano. A tendência é duplicar o número de carros e caminhões trafegando pela BR nos próximos dias quando começa o processo de colheita da soja. Os números da produção brasileira de grãos da safra 2015/16, apurados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) neste 6º levantamento, apontam um volume de 210,3 milhões de toneladas. A estimativa  equivale a 1,3% ou a 2,6 milhões de toneladas a mais em relação à safra 2014/15, que foi de 207,7 milhões. Parte da soja produzida no Mato Grosso tem como destino o Porto Graneleiro de Porto Velho e segue pela BR-364. Enquanto a duplicação da estrada não sai do papel, a rodovia vai necessitar com urgência de maior fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, mais sinalização do Dnit e também maior prudência por parte dos motoristas.

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