27 de novembro de 2015

Um leilão para reduzir o déficit do orçamento

O leilão de 29 hidrelétricas realizado na última terça-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode ajudar a reduzir o grande impacto no fechamento das contas de final de ano do governo, mas dificilmente será o suficiente para tirar o Brasil do atual cenário econômico. O governo conseguiu arrecadar R$ 17 bilhões nessa etapa.
A maior fatia dos leilões foi arrematada pela gigante China Three Gorges (CTG). Os chineses vão cuidar, por um período de 30 anos, da operacionalização da usina de Ilha Solteira, na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Além do setor de produção de energia, os chineses têm outras pretensões audaciosas no Brasil. Uma delas, prevê a construção de uma ferrovia ligando o porto de Ilo, no sul do Peru, até o Porto do Açú, no Estado do Rio de Janeiro, passando por Mato Grosso, Rondônia e Acre. Ainda não há data para as primeiras licitações, mas a previsão é que a presidente Dilma Rousseff (PT) anuncie o certame junto com o pacote de concessões de ferrovias do governo em data ainda a ser definida. O custo estimado da obra será de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 33 bilhões).
Projetos dessa natureza foram motivos de inúmeros questionamentos duvidosos por parte da mídia brasileira, mas o leilão das hidrelétricas já são uma realidade e vão minimizar, nesse momento, o grande impacto no déficit da descontrolada economia brasileira. São investimentos dessa magnitude que prometem colocar o Brasil nos trilhos e vão produzir novos postos de trabalho, além de preparar o Brasil para o futuro.
A geração de energia e construção de ferrovias devem ser prioridades nos próximos anos e devem constar no Plano Plurianual do Governo Federal. Apesar do fraco desempenho com a crise, o Brasil tem histórico positivo de recuperação da economia. A produção de alimentos tem se destacado nos últimos dias e é necessário definir um plano de escoamento de produtos alimentícios ao mercado exterior.

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