11 de junho de 2015

O plano de concessão da BR-364

A inclusão da BR-364, no trecho entre Porto Velho (RO) e Comodoro (MT), no plano de concessão de rodovias federais do Brasil, anunciado na última terça-feira pela presidente Dilma Rousseff (PT), reacende a discussão em torno da melhoria da infraestrutura da rodovia federal, palco de vários acidentes ao longo das últimas décadas. 
A estrada é o único acesso de Rondônia ao restante do Brasil e foi aberta no início da década de 70. Ao longo dos 45 anos de existência da rodovia, foram milhares de acidentes contabilizados pela Polícia Rodoviária Federal em função das péssimas condições de trafegabilidade. Também foi alvo de inúmeros protestos.
A rodovia federal nasceu com o propósito de integrar o Brasil para não entregar a Amazônia. Foi através dessa rodovia que chegaram os primeiros colonizadores no Estado de Rondônia. Ao que parece, o governo, ao anunciar que fará no próximo ano o leilão do primeiro lote de concessão da estrada, tira  uma grande responsabilidade de suas atribuições. 
A falta de conservação da 364 sempre foi um problema em Rondônia e motivo de cobrança por parte da bancada federal do Estado no Congresso Nacional. Recentemente, o ministro dos Transporte, Paulo Sérgio Passo, esteve percorrendo o trecho da estrada e constatou que o material utilizado no serviço de recapeamento da estrada era de péssima qualidade e, portanto, a durabilidade teria vida curta. 
Não é a primeira vez que essa fiscalização na rodovia acontece com a presença de um ministro. A BR-364 sempre foi um dos principais gargalos do Estado devido os problemas frequentes de falta de manutenção. Segundo levantamento produzido pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a situação da BR, em determinados trechos é bem crítica devido a falta de sinalização. A estrada enfrenta problemas de sinalização na pista e falta de acostamento 
Por outro lado, clima de Rondônia contribui para uma manutenção constante da rodovia, devido ao volume de chuva na região Norte – a 364 será a primeira a ser privatizada. A empresa que ganhar a concessão terá muito serviço pela frente. Resta torcer para que o preço do pedágio não seja elevado no bolso da população. 

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