16 de abril de 2015

Um choque no setor elétrico em Rondônia

Na primeira atuação do ano em Rondônia, a Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem, de uma única vez, duas operações importantes no Estado contra a prática de desvio de recursos. A primeira, batizada de Operação Parasitas, foi deflagrada no pacato município de Campo Novo de Rondônia, cidade pequena localizada na região da produção do Estado. Os federais descobriram um esquema de concessão de financiamentos fraudulentos e  desvio de recursos federais por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A segunda, realizada em Porto Velho, recebeu o nome de Operação Choque, onde ex-dirigente da empresa, engenheiro Winter Andrade Coelho, usava empresas fantasmas de familiares para receber suborno de fornecedores contratados pela Eletronorte, conforme apurou as investigações da Polícia Federal. Na ação, desencadeada em quatro cidades, entre elas Brasília e Porto Velho, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além das duas prisões temporárias. A PF apura ainda a prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, fraudes em licitação e lavagem de dinheiro.
Ao que parece, o setor elétrico em Rondônia vai render muita manchete nos veículos de comunicação nos próximos dias. Os federais visitaram várias empresas na capital rondoniense e saíram em poder de diversos documentos. A descoberta de escândalo envolvendo o desvio de recursos no setor elétrico no Estado é apenas um pequeno choque produzido na Eletronorte, órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia. Dona de um orçamento astronômico, a empresa de energia tem a atribuição de levar programas federais, entre eles o “Luz para Todos”, até o homem do campo. Esses investimentos envolvem milhões de recursos. A ampliação do sistema elétrico no Estado é outro foco da atuação dos federais.
Ocorre que o setor nunca passou por uma a ampla varredura. Talvez chegou a hora de passar o setor a limpo no Brasil. Os federais terão muito trabalho pela frente e não se tem dúvida que os escândalos estão bem próximo do complexo hidrelétrico do rio Madeira, em Porto Velho, que é formado pelas usinas de Santo Antônio e Jirau.

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