29 de abril de 2015

O café de Rondônia

A Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) está tomando todas as medidas sobre a eventual existência de uma bactéria desconhecida que foi instalada nos cafezais, conforme informou o agrônomo Roberto Santiago, da própria secretaria, em entrevista à Rádio Globo AM de Porto Velho. O assunto foi divulgado também na edição de ontem do Diário e causou repercussão na tribuna da Assembleia Legislativa, inclusive na própria economia do Estado. 
O deputado estadual Lazinho da Fetagro (PT-Ji-Paraná) foi o primeiro a se pronunciar sobre o tema na ordem do dia, e definiu a atitude do engenheiro como, no mínimo, irresponsável. O pronunciamento de Lazinho ganhou apoio dos deputados Edson Martins (PMDB-Urupá) e Glaucione Rodrigues (PSDC-Cacoal). A atitude do engenheiro, segundo os parlamentares, é um ato gravíssivo para a economia do Estado de Rondônia.
No ápice da cafeicultura, Rondônia chegou a produzir três milhões de sacas de café por ano e depois apresentou queda de 600 sacas. Após inúmeros trabalhos desenvolvimentos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com apoio da Emater e Seagri, a produção voltou a aumentar e impulsionar o mercado e o Estado já começava a desenhar novos horizontes.
Rondônia produz um dos melhores cafés da região Norte e os estudos realizados pela Embrapa fizeram aumentar a produção em área plantada, com destaque para a cultiva BR Ouro Preto. Nesse exato momento, muitos investidores, como bem disse na tarde de ontem a deputada Glaucione Rodrigues, estão fazendo a propaganda do café rondoniense em outros países com pretensões de impulsionar as exportações. Quem ganha com isso é o pequeno produtor rural e o  Estado com o aumento da receita.
Ao que parece, essa luta pela melhoria da qualidade e aumento da produção do café, pode estar comprometida, se de fato for comprovada a existência de uma bactéria. O titular da Seagri, Evandro Padovani, disse ao Diário que todas as medidas estão sendo tomadas e dentro de 60 dias será concluído o trabalho. Não se pode comprometer um trabalho que foi plantado no passado. O Estado vive em uma fase de colher o que plantou. 

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