27 de novembro de 2014

Espécies de macacos estão ameaçadas, aponta ICMBio

Leandro é coordenador do Centro Nacional de Pesquisa
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – através da CR1 (Coordenação Regional 1), do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), da Reserva Biológica de Guaporé, dos Parque Nacionais Mapinguari e de Viruá e das demais unidades de conservação vinculadas a CR1 – realizaram na última sexta-feira (21) uma reunião técnica para tratar sobre a expedição no Parque Nacional Mapinguari, que resultará no inventário das espécies de primatas e diagnóstico do estado de conservação de suas populações.
Esta expedição, que começou na segunda-feira passada e segue até o dia 28 de novembro, está vinculada ao Projeto Primatas em Unidades de Conservação da Amazônia (Puca). O Puca espera por meio de ações do projeto, promover a potencialização de recursos humanos com a formação em primatologia lotados na UC (Unidade de Conservação) federais da Amazônia, aumentar o conhecimento sobre espécies de primatas consideradas em situação crítica e ameaçadas para subsidiar Planos de Ação Nacionais para sua conservação, identificar as principais ameaças às populações de primatas presentes nas UC envolvidas.
Já são 11 UC contempladas com esse projeto, a cada ano é realizada uma expedição, em 2014 acontece a quinta expedição. Ao longo desses cinco anos já identificou-se 35 táxons de primatas registrados, o que significa mais de 30% de primatas identificados. “Em três dias de pesquisa, já registramos 11 espécies e subespécies de primatas na região do Parque, agora vamos pra segunda fase dessa expedição para estudar e pesquisar sobre essas espécies”, relatou Jerusalinsky.
Em Rondônia existem duas espécies ameaçadas de extinção – macaco barrigudo e macaco-aranha – eles sofrem tanto pelo desmatamento quando pela pressão de caça. O Brasil possui a maior diversidade de primatas do mundo é campeão mundial em diversidade primata, possuímos 145 espécies e subespécies, aqui na região temos 115 dessas espécies e subespécies, representando 80% dos primatas brasileiro e um pouco menos de 20% dos primatas do mundo. Todos os anos é identificado cientificamente uma espécie nova de primata. Mas por conta do desmatamento as espécies estão sendo ameaçadas.
Segundo Leandro Jerusalinsky, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação dos Primatas Brasileiros, os primatas vivem nas florestas e uma vez que ocorre o desmatamento, ocorre a perda desses animais. Além também da construção de rodovias, usinas que contribuem para a fragmentação dos primatas. “Sabe se a partir destas pesquisas que 18 espécies de primatas amazônicos estão ameaçados de extinção, concentrados principalmente no arco do desmatamento, isso inclui 3 espécies em estado crítico, ou seja, mais ameaçadas, o Cuxiú Preto, o Kaapori e o Saguinus Bicolor. Também tem 14 espécies com dados insuficientes, espécies poucos conhecidas, que precisamos nos aprofundar nos estudos para conhecê-los”. (CINTIA VALADARES- DA)

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