30 de junho de 2014

REVIRAVOLTA EM RONDÔNIA: PDT pode lançar candidato ao governo

Senador Acir Gurgacz durante convenção do PDT. Foto Roni
Na reta final do prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para o registro de candidaturas junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o PMDB e PDT realizaram convenções no último final semana, em Porto Velho, e saíram dos encontros indecisos. Ontem, o clima ficou nublado após a convenção que homologou o projeto de reeleição do governador Confúcio Moura (PMDB). O motivo principal seria a indicação do ex-diretor do Departamento de Estrada e Rodagem (DER), engenheiro Lúcio Mosquini (PMDB), ao cargo de vice-governador em uma chapa “puro sangue”.

O anúncio de Mosquini na chapa de Confúcio teria causado surpresa aos convencionais de surpresa, sepultando de vez o apoio do PSB, PTB,  PC do B e PCB, e afastando  a aproximação com DEM na construção de uma mega-aliança governista.  A reviravolta no processo político ontem teria ficado por conta do possível lançamento da candidatura do senador Acir Gurgacz (PDT) ao governo de Rondônia com a adesão do PSB, PTB e PT.

Os partidos amanheceram reunidos, tratando do assunto, e até o fechamento desta matéria  não haviam confirmado o novo projeto político. Na nova composição, o PTB indicaria o ex-prefeito de Cacoal, empresário Divino Cardoso, ao cargo de vice-governador na chapa encabeçada por Gurgacz.

Pela manhã, o deputado federal e presidente regional do PT, Padre Ton (Alto Alegre), teria recebido o convite para integrar a nova chapa partidária, mas no final da tarde, em convenção realizada na sede do partido, em Porto Velho, ele teve indicação homologada ao cargo de governo.

Na última quinta-feira, a Executiva Nacional assinou resolução determinação em Rondônia a aliança com o PMDB.  A determinação  foi descumprida pela cúpula petista, que optou ontem em ter candidatura própria.

26 de junho de 2014

PR realiza convenções para garantir Jaqueline

O Partido da República-PR realizará suas convenções neste fim de semana para homologar a candidatura da advogada e empresária, Dirlaine Jaqueline Cassol, 39 anos, ao governo do Estado. Divorciada, mãe de dois filhos, nascida em São Miguel do Oeste (SC) e residente em Rondônia desde os três anos de idade, quando da transferência da família para Rondônia, a pré-candidata é ex-diretora do Detran-RO, filha de descendentes italianos e trabalha desde cedo para ajudar a família, quando aprendeu cozinhar, lavar, passar e costurar ainda adolescente.
A política chegou cedo à sua casa, pois seu pai, Reditário Cassol, foi administrador da localidade de Cerejeiras, nomeado por Teixeirão no final da década de 70. Nas campanhas eleitorais, ainda adolescente, acompanhava seu pai (eleito deputado federal) e o irmão César Cassol (deputado estadual e depois prefeito) nas campanhas, assim como o irmão Ivo, que se tornou o primeiro governador a se reeleger no Estado.
Jaqueline foi escolhida pelo cacique Ivo Cassol, impedido de disputar a eleição, e deverá contar com o apoio do PP – que tem por enquanto como candidato interino o deputado Maurão de Carvalho – e o PPS que é presidido no Estado pelo ex-governador João Cauhla.
Em meio a um racha familiar, com o irmão César Cassol preterido na disputa pela família; e numa outra peleja partidária na coalizão com Maurão de Carvalho, que também almeja disputar o governo, Jaqueline concedeu entrevista, abrindo a série dos pré-candidatos.

Diário – Sua escolha como pré-candidata motivou um racha familiar, com seu irmão César Cassol sendo preterido. Esse impasse na família já foi resolvido?
Jaqueline – Na verdade, meu irmão César não tem como ser candidato porque não se desvinculou a tempo. Nossa família é descendente de italianos e às vezes as questões extrapolam, e os conflitos familiares ganham peso na mídia porque todos têm uma vida pública. Torço para que o impasse seja resolvido logo.
Diário – Existem dois candidatos no grupo político liderado pelo seu irmão, o ex-governador e atual senador Ivo Cassol. Essa divisão de forças pode ser resolvida nas convenções?
Jaqueline – Acredito que até as convenções tudo seja esclarecido. Acho que a candidatura do deputado Maurão é legítima, como é a minha, mas fundamentalmente é preciso ocorrer a escolha que seja melhor para o povo de Rondônia. Sou desprovida de vaidade política e o que for decidido nas convenções da aliança será respeitado.
Diário – A família Cassol é pioneira nas regiões do Cone Sul e Zona da Mata e está instalada no Estado há 36 anos. Como foram os primeiros anos, ainda no antigo Território?
Jaqueline – Foram anos de pioneirismo, os primórdios da colonização. Foram anos duros. Meu pai e minha mãe quantas vezes tiveram que percorrer, a pé, de Pimenta Bueno à nossa fazenda atual (em Santa Luzia/Rolim de Moura), levando cacaio nas costas. Cedinho aprendi a fazer comida, costurar. Meus irmãos trabalharam duro com trator abrindo a fazenda, depois na serraria.
Diário – Tudo começou com um hotel em Vilhena…
Jaqueline – Foi em Vilhena, o início de tudo. Depois meu pai e meus irmãos foram desbravar a região de Cerejeiras. Meu pai (Reditário Cassol) foi nomeado administrador da localidade antes da nossa epopeia na Zona da Mata. Todo mundo ralou e Ivo chegou a ser caminhoneiro, transportando frutas para Manaus pela BR-319.
Diário – Depois de tantos anos em Rondônia, como vê os principais desafios do Estado nos próximos anos?
Jaqueline – Sem dúvidas o enfrentamento da saúde, educação, segurança pública, agricultura, além das estradas, que são problemas que precisam ser equacionados para Rondônia voltar aos trilhos.
Diário Por que a participação feminina tem sido reduzida nas campanhas políticas? Os partidos têm dificuldades em cumprir as quotas exigidas pela Justiça Eleitoral…
Jaqueline – Nesta eleição em Rondônia tenho visto mais interesse das mulheres na participação. Em nossos partidos de aliança (PR/PP/PPS) estamos cumprindo as exigências da Justiça Eleitoral, mas é necessário uma presença mais efetiva da mulher no cenário político.
Diário – Na década de 90, seu pai, o então deputado federal, Reditário Cassol, foi autor de um projeto polêmico dividindo Rondônia pela metade, criando um novo Estado, com um pedaço do Mato Grosso, e outro de Rondônia, o novo Estado do Aripuanã. Nos dias de hoje um projeto desta natureza teria seu apoio?
Jaqueline – Quando meu pai apresentou este projeto eu era ainda uma adolescente, não conseguiria avaliar a coisa naquela época. Hoje seria contrária, pois vejo um Estado consolidado, não haveria esta necessidade.
Diário – Tradicionalmente quando ocorrem duas candidaturas da mesma região, um dos candidatos acaba levando a melhor, mas no segundo turno, por causa da briga regional, acaba sangrando. Mais uma vez a Zona da Mata viverá esta situação, e como espera reverter esta tendência?
Jaqueline – Na verdade, existem diferenças pontuais na minha candidatura com meu adversário também com bases firmadas na Zona da Mata. Primeiro, porque não sou ficha suja, e com isso já saio com um diferencial importante. Além disso, minha vida tem sido mais presente em Porto Velho, dos meus 36 anos de Rondônia, pelo menos 15 anos foram vividos na Capital. Diário – A senhora fala que seu adversário regional é ficha suja, mas seu irmão, seu principal apoio também é. O que tem a dizer a respeito?
Jaqueline – Existem diferenças. Meu adversário foi cassado pela compra de votos e isso o Estado inteiro tem conhecimento. Já Ivo Cassol foi julgado por algo e, mesmo condenado, foi reconhecido que não houve lesão ao erário e tampouco má fé. Foi um erro formal da equipe dele, não dele, conforme escreveu no processo a ministra Carmem Lúcia.
Diário – A senhora tinha desistido da política no ano passado. O que motivou sua volta ao cenário?
Jaqueline - É recorrente em Rondônia, quando alguma liderança começa a despontar, ou até mesmo governadores em pleno mandato, ser alvo de boatos maldosos. No ano passado tentaram jogar meu nome na lama. Foi uma grande maldade com minha família, com meus filhos, que sofreram muito. Fiquei desanimada, desacreditada na época, mas como uma boa Cassol, guerreira, resolvi entrar nesta disputa para mostrar que eu não me dobro aos desmandos e à corrupção. Tenho sido estimulada pelas mulheres, pelas lideranças regionais para a disputa, e assim como JK, (NR: o ex-presidente Juscelino) tenho audácia, coragem e determinação. Por isso resolvi ir à luta.
Diário – Com que partidos a senhora pretende contar nesta jornada? Quem deverá ser indicado seu vice e qual será sua dobradinha ao Senado?
Jaqueline – Além do meu PR, espero contar com o PP, o PPS e o Pros. Mas estamos conversando também com outras legendas, como é o caso do Partido Verde. No tocante ao vice e à dobradinha ao Senado ainda dependem das alianças que estão sendo costuradas.
Por, Carlos Sperança – Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia

25 de junho de 2014

PMDB e PT devem selar aliança em Rondônia

Acir Gurgacz, Tomas Correia e o senador Valdir Raupp
A Executiva do PMDB retoma nesta quinta-feira (26) mais uma rodada de conversa com lideranças do PT em busca de aliança nas eleições. Na última segunda-feira, o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (Rolim de Moura), esteve reunido em Brasília com o presidente regional do PT, o deputado federal Padre Ton (Alto Alegre).
“Hoje já vejo no cenário possibilidades reais de uma aliança com o PT. É um caminho mais natural. Até por que existe um compromisso da Executiva Nacional do partido de não lançar candidato ao Senado em Rondônia e apoiar a pré-candidatura à reeleição do senador Acir Gurgacz (PDT)”, afirmou Raupp.

O deputado federal Padre Ton chegou a lançar no mês passado pré-candidatura ao governo de Rondônia e abriu conversa com o PP, presidido no Estado pelo senador Ivo Cassol. Como a aliança não foi sacramentada, o partido recuou do projeto. O PP tem como pré-candidato ao governo o deputado estadual Maurão de Carvalho (Andreazza) e deve disputar a convenção no próximo domingo com a empresária Jaqueline Cassol (PR-Porto Velho).
Ontem, durante café da manhã com a imprensa da Capital, o presidente regional do PMDB, Tomas Correia (Porto Velho) explicou o andamento dos acordos políticos partidários e a construção de uma mega-aliança no projeto da pré-candidatura de Confúcio Moura à reeleição. “Até sexta-feira estaremos definido o pré-candidato a vice-governador na chapa formada pelo PDT, PSB, PTB, PCdoB, PCB e estamos em conversas ainda com o DEM e PT e mais quatro partidos”.

A convenção do PMDB acontece no próximo domingo, a partir das 9 horas, na Talismã 21, e será em conjunta com o PDT. “Esperamos até sexta-feira definir o pré-candidato a vice-governador. Se isso não ocorrer até amanhã (sexta), estaremos oficializando o pré-candidato a vice-governador na convenção de domingo”.

Participaram do café da manhã, o presidente regional do PDT, senador Acir Gurgacz, vice-prefeito da Capital, Dalton di Franco (PDT) e lideranças políticas.

21 de junho de 2014

TRE de Rondônia garante rapidez na análise de registros

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) publicou Resolução de nº 26 que permite maior agilidade na análise de processos de registro de candidaturas para quem pretende disputa as próximas eleições de outubro. Os documentos passarão pelo crivo da Secretaria Judiciária e da Gestão de Informação (SJGI) do TRE. Quem não tiver problema com a Lei da Ficha, contas reprovadas no Tribunal de Contas e processos julgados por colegiado na Justiça, a Justiça Eleitoral concederá imediatamente o registro do candidato.
Segundo o presidente do TRE, desembargador Péricles Moreira Chagas, não será preciso levar os processos para análise do colegiado. O voto do juiz terá o mesmo peso do colegiado. “Somente os casos mais emblemáticos poderão levar até um mês para a Justiça Eleitoral conceder o registro. Outros juízes poderão pedir vista ao processo”, explicou.
Segundo estimativas da corte eleitoral, devem tramitar pelo tribunal cerca de 600 a 800 registros de candidatos. A corte é formada por cinco juízes e eles têm prazo até o dia 5 de julho para julgar os registros. “Se levar todos os processos da corte, cada juiz terá de analisar em média 150 processos”, explicou.
O presidente do TRE disse ainda que a Justiça Eleitoral dará ênfase aos registros que poderão apresentar algum problema. “A lei eleitoral é bem clara. Os candidatos precisam estar elegíveis no dia do registro da candidatura”, disse. Para o presidente do TRE, decisões recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre registros de candidaturas não mudam a lei. “O TRE não está vinculado a esses entendimentos. Alguns casos podem merecer um julgamento longo”.

16 de junho de 2014

PDT elege nova Executiva Municipal de Porto Velho

O vice-prefeito e jornalista Dalton di Franco assumiu na tarde de ontem a presidência do Diretório Municipal do PDT de Porto Velho em solenidade que contou com a presença da militância da legenda e a participação especial do senador Acir Gurgacz. A eleição de Dalton aconteceu de forma unânime e serviu para mostrar que a legenda está trabalhando de forma unida para fortalecer a base do partido nas próximas eleições.

Durante solenidade de posse realizada na sede da Diretório do PT, Dalton destacou a importância da união da militância no projeto de construção de futuras candidaturas nas eleições de 2014. Ele apresentou o plano de trabalho priorizando ações nos bairros. “Nossa finalidade é preparar novas lideranças para o processo político”, explicou.
O senador Acir Gurgacz parabenizou Dalton di Franco e Marina Gomes, eleita vice-presidente da Executiva Municipal. O senador disse à militância que nas últimas eleições municipais o partido ampliou a representatividade em Rondônia com a eleição de vice-prefeito nos municípios de Porto Velho, Ji-Paraná e Cacoal, além do aumento do número de vagas de vereadores nos principais municípios de Rondônia.
O novo diretório municipal conta com a participação de representantes de diversos movimentos sociais.
CONVENÇÃO – O PDT marcou para o próximo dia 29 de junho, na Talismã 21, na avenida Mamoré, Bairro Três Marias, convenção estadual que servirá para escolher os pré-candidatos as eleições de outubro. O evento, segundo a secretária geral da legenda, Mari Mendonça, tem previsão para iniciar as 9 horas.

Ex-senador é contra a Lei do Ficha Limpa nas eleições

14 de junho de 2014

IBGE mapeia preservação da floresta

Reserva Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. (Roni)
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mapeou e dividiu a chamada Amazônia Legal em áreas com estruturas produtivas definidas, ou por definir, e áreas que precisam ser recuperadas ou reordenadas. A demarcação contemplou inclusive as consideradas áreas frágeis, áreas onde há manejo florestal e áreas de proteção ambiental que já existem ou foram propostas. O mapeamento facilita o monitoramento contínuo dessas grandes áreas florestais que precisam de maior fiscalização e controle.
Com base em análises estruturais e conjunturais, o governo brasileiro, reunindo regiões de idênticos problemas econômicos, políticos e sociais, com o intuito de melhor planejar o desenvolvimento social e econômico da região amazônica, instituiu o conceito de Amazônia legal. Esta é uma área que engloba nove estados brasileiros pertencentes à Bacia Amazônica: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte dos estados do Mato Grosso e Maranhão.
Para dar prosseguimento a esses estudos geológicos e levantamentos sobre a Cobertura e o Uso da Terra em Rondônia, o IBGE, neste mês de junho, reuniu um conjunto de arquivos digitais vetoriais. Trata-se de uma série de informações mapeadas, que indicam por meio de imagens gráficas quais as áreas de ocupação e desmatamento no Estado. Segundo o geógrafo e supervisor da Base Territorial, Paulo Henrique Schröder, os dados contidos no mapa vetorial de Rondônia podem ser facilmente manipulados por universitários, profissionais que trabalham com o manejo florestal, assessores agrícolas e também por aqueles interessados em conhecer mais sobre as áreas afetadas pelo desflorestamento. Esses mapas vetoriais (shapes) podem ser encontrados no site do Instituto.

Estado tem 38% de áreas protegidas

Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registra que em Rondônia, o conjunto das Unidades de Conservação e Terras Indígenas totaliza 89.916 quilômetros quadrados (km²) ou 38% do Estado. Nessas áreas estão incluídas as quatro Reservas Extrativistas criadas pelo Governo Federal, com área total de 738.173 hectares e 21 estaduais que somam 967.084 hectares, totalizando 1.705.257 hectares (7,15% do Estado). Há ainda quatro Florestas Nacionais com 704.038 hectares e 11 Florestas Estaduais de Rendimento Sustentado, com 267.250 hectares, totalizando 4,07% do Estado; duas Áreas de Proteção Ambiental criadas em nível estadual, com uma área total de 110.741 hectares (0,1% do Estado); 14 unidades de conservação de proteção integral, incluindo quatro Reservas Biológicas - duas federais e duas estaduais; quatro Estações Ecológicas (sendo uma federal e três estaduais) e seis parques (sendo três Parques Nacionais e três Parques Estaduais, que ocupam um total de 2,4 milhões de hectares. Estes últimos correspondem a 10% do território estadual e as 24 terras indígenas que ocupam um total de 49.660,48 km², perfazendo cerca de 20,82% da área do Estado de Rondônia.
No âmbito da legislação estadual, sobre o zoneamento socioeconômico ecológico (Lei Complementar 233/2000), foi definida uma outra categoria de área protegida: as Áreas de Uso Especial, destinadas à conservação dos recursos naturais, passíveis de uso sob manejo sustentável, inclusive para fins de criação de novas unidades de conservação, que ocupam uma área total de 34.834 km², representando 14,6% em Rondônia. Estes dados delineiam as terras que estão em guarda legal, mas também demonstram o empenho de vários setores da sociedade em monitorar o avanço das áreas de ocupação e consequente desflorestamento em nosso estado.

Desmatamento e prejuízos decorrentes

O Fim da Floresta? Este é o título de outro estudo sobre riscos ambientais realizado pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Regional Rondônia. Neste estudo, o GTA traça um perfil das causas e consequências históricas do desmatamento no Estado, com o objetivo de contribuir para a compreensão da importância estratégica das unidades de conservação e terras indígenas, ao mesmo tempo, chamar a atenção para a atual realidade de devastação ambiental em que a maioria das áreas protegidas hoje se encontra. A questão suscitada pelo GTA, que dá título ao relatório final, soa como um grito de alerta e aponta para os dados que comprovam o quanto a devastação das áreas protegidas no Estado implica em uma série de prejuízos: conflitos sociais; desrespeito aos direitos humanos; empobrecimento da biodiversidade; degradação de solos; comprometimento de bacias hidrográficas; contribuições para a emissão de gases de efeitos estufa e perda de oportunidades econômicas associadas ao uso sustentável dos recursos naturais, trazendo prejuízos para a população rondoniense, a sociedade brasileira e para o planeta.
O GTA conclui o documento com um conjunto de propostas de medidas emergenciais e ações estruturantes. Dentre elas, destaca-se a transparência e o acesso público às informações sobre licenciamento e controle ambiental em Rondônia, especialmente com relação as autorizações de desmatamento e exploração madeireira por parte dos órgãos federais e estaduais, de acordo com a legislação vigente. Suscita inclusive o aspecto de que é necessário um contínuo trabalho de reorganização da sociedade civil, por meio de políticas educativas para sensibilizar a população rondoniense sobre a importância das áreas protegidas no Estado.

Áreas protegidas ajudam ecossistemas

Neste sentido, há que se considerar os demais estudos que apontam como uma estratégia eficaz a demarcação das Áreas Protegidas por lei, para a preservação de grandes áreas de floresta. Isso pode contribuir para a manutenção de ecossistemas e serviços ambientais – como o equilíbrio de sistemas climáticos e regimes hidrológicos; conservação da biodiversidade; atividades econômicas baseadas no uso sustentável dos recursos naturais renováveis e a qualidade de vida de populações locais.
Áreas Protegidas na Amazônia Legal tem uma extensão de aproximadamente 5 milhões de km², constituindo 59% do território brasileiro. A área desmatada acumulada, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), é superior a 660 mil quilômetros quadrados, aproximadamente 13% da floresta. Mesmo assim, o bioma amazônico mostra sinais de resistência, percebidos na redução no nível de desmatamento da floresta, conforme recentes pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa resistência acontece por causa do próprio clima, das chuvas, da estrutura física nas regiões da mata mais densa da floresta tropical úmida e registra o fato de que o avanço da pecuária e da agricultura pode ser freado pela própria resistência da floresta.

AMAZÔNIA

Baseado em satélites e destinado a orientar a fiscalização em campo, o sistema de detecção em tempo real (DETER ) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) identificou 338 km² de áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia nos meses de fevereiro, março e abril. Em fevereiro foram verificados 119 km², enquanto em março e abril houve o registro de 53 e 166 km², respectivamente. (EDILENE SANTIAGO/DIÁRIO DA AMAZÔNIA)

11 de junho de 2014

A chapa PMDB, PT e PDT

Com a definição da aliança PT e PMDB selada ontem durante convenção nacional em Brasília, os dois partidos agora correm contra o tempo e buscam solucionar, o mais rápido possível, as pendências nos Estados, inclusive em Rondônia. O apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) foi aprovada na convenção por 398 convencionais. Foram 673 votantes, uma vitória apertada.

A partir de hoje, é necessário intensificar as conversas com os partidos da base de apoio ao governo no Congresso Nacional. Os problemas partidários nos Estados existem e precisam ser solucionados. Além de Rondônia, é preciso aparar as arestas nos estados do Rio de Janeiro, Ceará e Rio Grande do Sul. O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, tem percorrido os Estados buscando solucionar essas pendências.

O PMDB estabeleceu um prazo para o PT se decidir em Rondônia e não será diferente nos Estados onde existem pendências. Nas eleições passadas, os petistas tiveram candidatura própria ao governo do Estado em uma campanha pilotada pelo ex-deputado federal Eduardo Valverde (PT). No segundo turno, o PT apoiou a candidatura de Confúcio Moura ao governo. O partido também teve participação no governo peemedebista.


As conversas, a partir de hoje, acontecem em todos os Estados, mas é visível a preocupação dos dois partidos na construção de nominatas à Câmara Federal e Senado. A preocupação também é da presidente Dilma Roussef. O governo sabe que muitos projetos polêmicos estarão tramitando no projeto ainda esse ano e vai precisar do apoio total de uma bancada forte no Congresso Nacional.


O apoio do PDT também é importante nesse processo. Os pedetistas também decidiram ontem, durante convenção, apoiar a reeleição de Dilma e sua atuação no Congresso Nacional tem feito a diferença nas votações. O prazo para o período às convenções expira no próximo mês. O tempo é suficiente para discussão em todos os Estados. Os caciques dos três partidos terão a partir de agora uma responsabilidade dobrada de resolver essas pendências.

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7 de junho de 2014

Relatório de 2006 alertou sobre cheia histórica em Rondônia






O coordenador de Educação Ambiental da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Eliezer de Oliveira, fala do trabalho desenvolvido pelo órgão estadual e destaca as ações que estão acontecendo em Rondônia. Segundo ele, relatório de 2006 apontava para cheia histórica no rio Madeira, em Porto Velho, e que desabrigou centenas de famílias.  

VÍDEO: Cacique Almir Surui fala de projeto inédito em Rondônia

4 de junho de 2014

Credibilidade dos jornais é atributo mais reconhecido

Os jornais impressos são os mais confiáveis como fonte de informação, conforme pesquisa do Ibope, realizada no final do ano passado para a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. No extremo oposto aparecem blogs, redes sociais e outros sites (ver gráfico).

O brasileiro com acesso à internet passa mais tempo na web todos os dias do que em qualquer outro meio de comunicação. Em média, são 3h39 diárias. Apesar disso, a TV é o meio preferido da maior parcela da população (76,4%), sendo que o aparelho está presente em 97% dos lares brasileiros. A segunda colocada na preferência nacional é a internet, com 13%, seguida do rádio, 8%, ouvido em média durante 3h07 diárias. Aos jornais, preferidos por 1,5% dos entrevistados, é dedicada em média, 1h05. As redes sociais conquistaram a preferência dos brasileiros e são os sites mais acessados. No fins de semana, 71 dos internautas clicam nelas. O facebook é o site mais citado pelos entrevistados.
Embora a maioria da população (53%) ainda não tenha acesso à rede mundial de computadores, ela tem grande adesão dos jovens: 77% dos entrevistados com menos de 25 anos tem contato com a rede, contra apenas 3% dos maiores de 65. Entre as famílias com renda superior a cinco salários mínimos, 78 têm internet em casa, enquanto entre as com renda de até um salário mínimo somente 16% tê o serviço domiciliar. (

Importante para os jornais

Para Marcelo Benez, presidente da divisão internacional da International News Média Association (INMA), a pesquisa tem grande importância para os jornais, pois a alta percepção de credibilidade se traduz em confiança; contribui para a retenção dos leitores; atrai novas audiências (no impresso e em multiplataforma) para as marcas; reforça a atenção do mercado anunciante e contribui para que o meio Jornal continue sendo a primeira fonte de informação para as decisões de compra.

Segundo Benez, a confiabilidade é uma vantagem competitiva para os jornais quando se pensa no mercado publicitário. “As pessoas precisam de referências com credibilidade para formar opinião, ascender socialmente, influenciar e outras pessoas, decidir o que consumir e até em quem votar. Por isso, as fontes confiáveis tiveram no passado, tem no presente e terão no futuro um elevado poder de atração de público leitor e anunciante”, observa. (Milton Correia, ANJ)

O ministro chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Thomas Traumann, afirmou que a pesquisa mostra um retrato complexo: “Quase metade dos brasileiros usa a internet como meio cotidiano de informação. Ao mesmo tempo, você tem outro dado em relação à confiabilidade, que é exatamente o oposto. Quando você coloca qual é a informação mais confiável, os jornais sobem e a internet cai, o que mostra que toda a história e a credibilidade do meio impresso continua sendo um referencial para as pessoas. A internet é muito mais acessada, porém, o grau de confiabilidade dela ainda é muito mais baixo comprado ao número de pessoas que a utilizam”, esclareceu Traumann. (ANJ)

3 de junho de 2014

Maurão recebe apoio de deputados do PR

Flávio Lemos representou o PR durante o evento
Os deputados estudais do PR, Luiz Cláudio (Rolim de Moura) e Flávio Lemos (Porto Velho), manifestaram apoio hoje (03) a pré-candidatura do deputado Maurão de Carvalho (PP-Andreazza) ao governo do Estado.O anúncio aconteceu durante o lançamento da pré-candidatura do progressista ao Palácio Presidente Vargas. Além dos dois parlamentares do PR, Maurão recebeu ainda adesão do deputado estadual Valdivino Tucura (PRP-Cacoal).

Presidido no Estado pelo senador Ivo Cassol, o PP chegou a lançar a pré-candidatura do ex-prefeito de Rolim de Moura, César Cassol, mas o projeto acabou não se consolidando por uma briga interna da família Cassol. O plano B do PP seria lançar Ivone Cassol, esposa de Ivo Cassol, mas a alternativa também não avançou. Ivone chegou a fazer cursos de oratória em São Paulo, mas acabou recuando do projeto.

Maurão discursa durante o lançamento de pré-candidatura
No mês passado, Cassol resolveu lançar como pré-candidata ao governo a irmã, a empresária Jaqueline Cassol. O projeto também acabou naufragando. A alternativa do grupo Cassol foi apostar as fichas na pré-candidatura de Maurão de Carvalho. “Conversei com o Ivo na sexta-feira e ele pediu para  manter minha pré-candidatura ao governo de Rondônia”, disse Maurão.

2 de junho de 2014

Saneamento básico em segundo plano

Ao longo do primeiro semestre, os governos se dedicaram à entrega de títulos definitivos de propriedades rurais, construção de casas dos programas “Minha Casa, Minha Vida”, entrega de máquinas para os municípios com até 50 mil habitantes, mas pouco se investiu em saneamento básico.

O diretor do Ministério das Cidades, Ernani de Miranda, em palestra na última semana durante evento promovido pela Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, apresentou resultado nada bom. Disse que pelo menos 70% dos municípios brasileiros não podem acessar recursos federais para investir em projetos de saneamento básico, esgotamento sanitário e tratamento de água. Segundo ele, com legislação nacional, de 2007, somente cidades que adotaram Plano Municipal de Saneamento podem financiar o setor com verbas da União, o maior provedor de dinheiro para a atividade.

Ocorre que boa parte desse recurso está ficando no caixa do Governo Federal por falta de projeto consistente. Esse ano por exemplo, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de Rondônia enviou ao Governo Federal pelo menos 21 projetos à análise do Ministério das Cidades. Somente 2 foram aprovados e contemplados com recursos: Mirante da Serra e Alta Floresta do Oeste. Essas duas cidades serão beneficiadas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 e as obras entram em processo de execução ainda esse ano.
Essa semana circulou notícia que o Estado de Rondônia poderia perder recursos para obras de saneamento básico. A informação foi contestada pela diretoria da Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (Caerd). O dinheiro está assegurado e não existe a possibilidade de perder. No governo passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de irregularidades nos projetos, mas as pendências foram sanadas.
Preocupa, e com certa razão, a percentual de municípios brasileiros que têm projetos de saneamento básico. Segundo o Ministério das Cidades, apenas 30% tem algum tipo de projeto. E dos 70% que são analisados, muitos apresentam problemas e precisam ser refeitos. Quem perde com isso é a própria população. Cidades sem saneamento básico costumam gastar mais com recursos na área da saúde. Muitas empresas deixam de investir no Brasil por falta de projetos. O problema precisa ser solucionado primeiramente no município.