28 de abril de 2014

O investimento no Porto e a hidrovia do Madeira

Demorou, mas finalmente acabou saindo do papel. O investimento de mais de R$ 17 milhões anunciado ontem pela Secretaria de Portos da Presidência da República na Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia (Sofh), vai permitir o bom andamento no transporte e recebimentos de cargas no Porto Graneleiro de Porto Velho, além de impulsionar a economia de Rondônia nos próximos anos.

A cheia histórica do rio Madeira serviu para mostrar a importância dessa estrutura portuária na economia de Rondônia e do Brasil. Com a enchente registrando 19,75 metros, todos os portos privados foram tomados pela força da água do Madeira. A Cargil, por exemplo, teve o seu pátio tomado pela água e o transporte de soja só não ficou comprometido graças ao Porto Graneleiro. O transporte de combustível também foi afetado e a estrutura do porto também atendeu à demanda.

De acordo com o plano de trabalho, o dinheiro que aporta hoje em Rondônia será aplicado na construção de um novo cais flutuante, edificações administrativas, aquisição de uma balsa flutuante, equipamentos de atracação da rampa ro-ro, caminhão com caçamba, balança rodoviária, empilhadeiras e construção de log-boom – terminal hidroviário do Cai N’água, atingido também fortemente com a cheia do Madeira.

Nada mais justo o investimento. O Porto Graneleiro de Porto Velho é de responsabilidade do Governo Federal, mas nos últimos meses o governador Confúcio Moura (PMDB), tem feito sozinho investimentos na melhoria da infraestrutura no local. No ano passado, foram R$ 13 milhões que saíram dos cofres do Estado para melhorar o transporte de cargas. Confúcio sabe da importância do Porto Graneleiro na economia de Rondônia e tem se esforçado em Brasília na busca de recursos.

O próximo passo agora é licitar a dragagem do rio Madeira, que permitirá o melhor escoamento de grãos no período da seca do rio. Os dois investimentos precisam caminhar unidos. De nada vai adiantar investir na estrutura portuária se não houver melhoria no aproveitamento do rio. Rondônia precisa ter bons portos, mas precisam também do rio navegável.

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