22 de abril de 2014

A restauração da BR-364

O nível do rio Madeira começou a baixar e a redução do volume da água traz outras consequências à população. Além das doenças no período pós-enchente, existem ainda a necessidade da restauração da BR-364, no trecho entre Porto Velho-Rio Branco. A pista ficou mais de 60 dias tomada pela água e, na região de Jaci-Paraná, distrito de Porto Velho, o asfalto foi levado pela força da correnteza.

Outros trechos na região do Abunã e Araras foram danificados e agora a pista precisa ser reconstruída pelo Governo Federal. A dúvida agora é sobre a restauração do trecho alagado. O Departamento Nacional da Infraestrutura e Transporte (Dnit) vai restaurar o trecho ou será feito um novo estudo com a possibilidade de elevar o nível da pista no trajeto impactado pela água?
Se a BR for apenas restaurada, dentro de um futuro próximo, a pista poderá ser novamente afetada por uma nova cheia do Madeira. Segundo especialistas sobre o assunto, o município poderá ser afetado por uma nova cheia nos próximos 50 anos. Pelo menos é essa previsão. Acontece que os maiores especialistas do mundo também não previam um Tsunami no Japão.

Trecho crítico em Jaci Paraná. Foto: J. Gomes
A restauração da BR nesse trecho deve gerar uma despesa extra de mais de R$ 2 milhões, segundo previsão de engenheiros do Dnit. Se a pista for elevada ou tiver sua rota alternada, o valor será triplicado e haverá necessidade de se realizar um novo estudo de impacto ambiental. Esses questionamentos precisam de respostas por parte dos responsáveis pela rodovia.

A BR-364 é o único acesso do Acre ao sul do Brasil. Durante o período de 60 dias, o município ficou isolado e chegou a sofrer com a falta de alimentos, combustível e outros produtos. O governo do Acre chegou a decretar estado de calamidade pública em função da cheia histórica do Madeira. Representantes do Acre estiveram na última segunda-feira discutindo o assunto com a equipe da Defesa Civil de Rondônia. O Estado, de acordo com economistas, teve um prejuízo de R$ 5 bilhões com a cheia.

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