13 de março de 2013

Artigo: O ministro e saúde de Rondônia


UTI do Hospital João Paulo II. Foto: Michele Saraiva/2009
A visita do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Rondônia serviu para mostrar que Estado precisa ser visto com um olhar diferenciado pelo Governo Federal.

 Em sua passagem por Porto Velho, na quarta-feira, Padilha anunciou R$ 3,6 milhões (por ano) para garantir agilidade no atendimento de pacientes no Hospital Pronto Socorro João Paulo II, na Capital. Essa unidade de saúde foi incluída no S.O.S Emergência, um programa do Governo Federal que visa melhorar o atendimento.

O ministro se mostrou surpreso durante visita ao Pronto Socorro João Paulo II. Encontrou aquilo que foi mostrado há dois anos pelo “JN no Ar”, em janeiro de 2011. Dois ano se passaram e os pacientes continuavam nos corredores e na fila de espera para atendimento. No entanto, Padilha reconheceu que a saúde precisa melhorar e é importante a construção de polos de saúde. Muitos pacientes continuam se deslocando de Vilhena, no sul do Estado, em busca de tratamento na Capital.
O S.O.S Emergência busca trabalhar a área mais crítica do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), mas só terá bom resultado se União e Estado investirem pesado no planejamento de distribuição de médicos. Recentemente o Conselho Federal de Medicina divulgou pesquisa mostrando a má distribuição de médicos no Brasil. Muitos profissionais estão abandonando o SUS por falta de atenção básica na estrutura funcional. O S.O.S vem pra suprir essa deficiência, mas não terá bom resultando se não houver um planejamento.

Inauguradas recentemente, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são obras de compensação ambiental, em função da instalação das duas usinas no rio Madeira, mas a falta de médicos nessas unidades de saúde está promovendo uma migração novamente de pacientes no Hospital João Paulo II. Muitos médicos optaram por outro estado e deixaram muitos postos de saúde. Vai ser preciso a prefeitura contratar novos profissionais para atender a demanda.

Estado conseguiu reformar e ampliar o número de leitos no Hospital de Base. Essa ampliação reduziu o tempo de espera dos pacientes que precisam de cirurgia. Mas o Governo Federal deve dobrar o volume de recursos no setor. Rondônia não precisa de mais hospitais. É preciso dar condições para a estrutura existente funcionar como deve. 


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