3 de dezembro de 2012

Bancada tem bandeiras definidas, diz Nilton Capixaba

Nilton Capixaba foi eleito coordenador da bancada

Porto Velho, Rondônia - Eleito na última quarta-feira ao cargo de coordenador da bancada federal rondoniense para 2013, o deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) enfatizou, em entrevista exclusiva ao Diário as principais causas dos parlamentares do estado, citando como maior prioridade a captação de recursos da União para saúde e educação. Ressalta como questão de honra a solução dos casos da transposição e da dívida do Beron, bem como aspirações do porte da construção de pontes (a internacional, ligando o Brasil a Bolívia), uma segunda na altura do Abunã (Rondônia ao Acre), além das restaurações das rodovias federais
O empresário Nilton Capixaba tem 50 anos de idade, é natural de Cuparaque, Minas Gerais e reside há 21 anos de Rondônia. Sua base eleitoral é Cacoal. Ocupa o cargo de presidente regional do PTB, é casado, pai de três filhos. Antes de se transferir para Rondônia, morou durante 30 anos no Espírito Santo, no município de Alto Rio Novo de onde adquiriu o apelido de “Capixaba”. Empresário da compra e venda de café em Cacoal, ele ingressou na política a convite dos veteranos Chagas Neto, Odacir Soares e Divino Cardoso e foi eleito para seu primeiro mandato em 98. Confira, abaixo, seu depoimento.
Diário – Como foi sua eleição para o cargo de coordenador da bancada federal?
Nilton Capixaba – Existe um rodízio de lideranças na bancada e, na eleição deste ano, tive a felicidade se ser eleito num a disputa travada com outro pretendente, o deputado Moreira Mendes (PSD).
Diário – No seu entendimento, quais são os principais desafios rondonienses para os próximos anos?
Nilton Capixaba – Temos questões cruciais pela frente como a transposição, buscar solução para o caso da dívida do Beron. No que se refere a capital, os viadutos, recursos para o saneamento básico em todo estado. É essencial a recuperação da BR- 364, a conclusão da BR 429 (que dá acesso a Costa Marques), a rodovia 421 de Ariquemes a Montenegro. Temos que estruturar a Unir que esta em cacos, apoiar as escolas técnicas federais em todo estado. Podemos incluir, entre as bandeiras de relevância, as pontes Guajará Mirim e aquela de ligação ao Acre. São causas unânimes da bancada que vamos buscar junto, sabendo-se que a saúde e a educação são as prioridades máximas.
Diário – No que tange as relações da bancada federal com o governador do estado. Existe um bom entendimento?
Nilton Capixaba – Nas ações do governo estadual não tem ninguém contra. Todos parlamentares são a favor do estado, e a bancada esta unida a favor de Rondônia. Não temos também ninguém fazendo oposição ao governo federal e isto facilita o atendimento de nossas reivindicações. Não tem ninguém na oposição.
Diário – O que representa a lei dos royalties para os estados?
Nilton Capixaba – Com o pré-sal, sou a favor que os estados sejam também beneficiados, além dos pólos petrolíferos como acontece hoje. Esta é uma riqueza nacional, deve ser repartida. Proponho que sejam fatiados estes recursos e que se invista na educação. Ainda não existem números definidos, mas a lei aumentaria em muito o aporte de recursos para Rondônia.
Diário – A União tem liberado todos os recursos de emendas?
Nilton Capixaba – É a nossa luta agora. É hora de garantir a liberação e vamos buscar isto com todas as nossas forças. São importantes para o estado e municípios. São R$ 25 milhões por bancada e R$ 15 milhões nas individuais. Cada parlamentar pode trabalhar com recursos na ordem de R$ 40 milhões para suas bases. Algo já foi liberado e outro tanto falta para ser liberado.
Diário – Como funcionam as emendas coletivas?
Nilton Capixaba – São 15 emendas coletivas e tratam de recursos destinados para obras de infraestrutura, equipamentos, estradas, saúde, universidade federal aeroporto de Ji-Paraná, pontes, etc.
Diário – O governo estadual pretende implantar uma rodovia paralela a BR 364. Qual sua opinião a respeito?
Nilton Capixaba – È uma estrada importante para desafogar a BR 364, mais tem coisas que reputo mais importantes neste momento, para serem resolvidas, que é o problema de saúde no estado. Ainda faltam médicos, materiais e até remédios nos hospitais.
Diário – Rondônia tem crescido acima de 7 por cento ao ano. Como explicar a crise governamental com demissões, já em andamento nos Poderes Executivo e Legislativo?
Nilton Capixaba – O governador Confúcio quando assumiu aumentou algumas despesas com o Plano Futuro e outros projetos além de reajustes do funcionalismo. Mas os repasses federais diminuíram, a arrecadação baixou. Outra situação é que a arrecadação do ICMS do óleo queimado para a usina termoelétrica acabou. Por último, a epopéia das usinas estão desacelerando, muita gente indo embora o que representa menos consumo e menor arrecadação de impostos.

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