1 de julho de 2012

Para Antônio Augusto, não há mais espaço para político à moda antiga




Jornalista,publicitário e cineasta, o paranaense Antônio Augusto Freitas, 45anos de idade, nascido em Pato Branco, reside em Porto Velho há 10anos e onde comanda a Agência Norte. Há 27 anos participa decampanhas políticas. Começou a carreira de marqueteiro com acampanha de Álvaro Dias, eleito governador do Paraná.
Consideradoum dos grandes nomes do marketing político regional, emRondônia ele já participou das campanhas de Fátima Cleide e AcirGurgacz e é cultuado até hoje pela grande virada nas eleiçõesmunicipais de 2004, com a eleição de Roberto Sobrinho, sua maiorfaçanha como marqueteiro. Naquela oportunidade, numa das maioresreviravoltas já ocorridas até hoje no estado, Sobrinho que tinhacomeçado sua campanha com apenas um por cento de intenções devotos contra 67 por cento de Mauro Nazif, acabou eleito. Quatro anosmais tarde, em 2008, o prefeito petista seria eleito em turno único.
Pelotrabalho já feito no estado, Antonio Augusto é disputado na atualcampanha por vários candidatos. Nesta entrevista ele fala da suatrajetória e avalia o quadro político na capital. Confira
Diário– Como foi a virada em Porto Velhoem 2004?
AntonioAugusto – A virada aconteceu porque o candidato era muito bom econhecia profundamente a cidade. Sobrinho tinha propostas inovadorase, principalmente porque teve a coragem de inovar.

Diário– Quais foram às inovações naquela campanha?
AntonioAugusto – Foram várias na linguagem de TV, na forma de apresentaro candidato, na forma de apresentar as propostas e com istoconseguimos colocar a mensagem de um bom candidato. Não existeinovação ou produção que consiga vender uma boa imagem de um maucandidato. Um candidato vazio é impossível de mostrar a população,já que não possui conteúdo.

Diário- Você não acha que teve muito voto de protesto naquela primeiraeleição de Sobrinho?
AntonioAugusto – Acho exatamente o contrário, houve o voto de vontade.Coisa que não acontecia há anos e que não tem acontecido há muitotempo em todo o Brasil, porque a população ficou com vontade departicipar, porque viu algo realmente novo. Os outros candidatosainda faziam política à moda antiga. Foi uma campanha emocionantecom Roberto Sobrinho.

Diário– Como devem ser as campanhas atuais?
AntonioAugusto – Sem comícios, showmícios, as campanhas hoje sãodefinidas através da TV e do Rádio, além das mídias sociais.

Dário– Como você acredita que será a campanha deste ano em PortoVelho?
AntonioAugusto – O Brasil vive uma plenitude democrática. Já esta nocotidiano das pessoas votar de dois em dois anos. Então o queacontece? As pessoas levam a sua vida comprando seus carros, motos,consumindo como um todo, mas o Brasil melhorou muito evoluiu e votaré mais uma coisa que ela tem que fazer. Cada vez as pessoas estãovotando melhor. Não há mais espaço para a política a moda antiga.
Diário– Você acredita que nesta campanha existe espaço para surpresastambém?
AntonioAugusto – Com certeza. Porque pelas pessoas votarem bem,pragmaticamente, caciques que estavam acostumados a fazer campanha àmoda antiga e achando que a população ainda se comporta e vota comoantigamente, pode ter grandes e amargas surpresas nas urnas.

Diário– Em sua opinião qual é o perfil do próximo prefeito de PortoVelho?
AntonioAugusto – Não vou entregar o ouro agora, porque é bem provávelque participe as eleições locais. No momento oportuno darei umaentrevista sobre. Agora, entendendo que as campanhas têm que serprofissionais, limpas e com propostas. Fora disto o candidato estaráfadado ao fracasso.

Autor: Carlos Sperença
Fonte: Diário da Amazônia  

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