28 de junho de 2012

Miguel: "Tenho o melhor plano de governo

O Partido Republicano (PR) realiza na próxima sexta-feira, às 9 horas, no plenário da Câmara de Vereadores, convenção para homologar a candidatura do ex-deputado federal Miguel de Souza. “Tenho o melhor plano de governo para Porto Velho”, garante Miguel. Ele se prepara para apresentar, durante o encontro, as propostas para administrar o município.

Natural de Cubati (PR), Miguel, 58 anos, 3 filhos, reside em Porto Velho há 32 anos. “Recém-formado em engenharia civil, deixei o Estado da Paraiba e viajei até Manaus. A convite de um amigo, cheguei em Rondônia atraído pelo novo eldorado”, disse. Em Porto Velho criou o Sinduscon e ajudou a estruturar a Federação da Indústria e Comércio (Fiero).

Na eleição de 94, ele disputou o cargo de deputado federal, mas não foi eleito. Ocupou a presidência da Fiero, foi vice-governador e secretário da Indústria e Comércio (hoje Sedes), deputado federal e por último assumiu diretoria do DNIT em Brasília. “Estou preparado para administrar Porto Velho”, disse.

Diário - Como viu as demissões de milhares de servidores na época do ex-governador José Bianco?

Miguel de Souza – O governo Raupp assinou vários acordos de ajustes fiscais, que comprometeram a folha de pagamento do Estado. O governo Bianco ainda relutou durante um ano para não demitir. Por outro lado, estava começando a vigorar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece limite de gastos com servidores, e o Governo Federal chegou a ameaçar o repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Não teve outra alternativa. Teve que demitir.

Diário – Na época das demissões, existiam pessoas morando no exterior que não trabalhavam?

Miguel – Não foram demitidos 10 mil servidores como chegou a ser noticiado. No meio dos injustiçados, existiam servidores com contratos temporários e outros que moravam no exterior e não trabalhavam. Tanto é verdade que quando o ex-governador Ivo Cassol fez a reintegração desses servidores, foram recontratados 3 mil funcionários.

Diário – Como nasceu a decisão de disputar a prefeitura?

Miguel  - Como secretário de Indústria e Comércio,  criamos vários projetos de incentivos fiscais para Rondônia. Disputei novamente a eleição de  2010 para o cargo de vice-governador e não conseguir ser eleito. Não saímos vitoriosos, mas começamos estudar a questão Porto Velho. O momento é agora.  É hora de dar minha contribuição para Porto Velho. Estou há mais de um ano levantando os problemas. Não vejo um nome mais preparado para começar administrar o município.

Diário -  Por que rompeu o acordo com o frentão PSD, PSDB e PV?

Miguel – Era para definir um candidato a prefeito desse grupo com o apoio dos demais. Percebi que as coisas estavam caminhando fora do combinado e vi que não teria como apresentar propostas dentro do grupo. O PR tem dois minutos de tempo na televisão e tem propostas para apresentar.

Diário – Como estão as alianças?

Miguel – Estamos ainda em conversas com outros partidos. Nossa convenção acontece na próxima sexta-feira. Até lá, muito coisa pode acontecer. Estamos em conversa com o DEM, que tem um bom tempo de televisão, o será suficiente para apresentar nossas propostas. Tenho o melhor plano de governo.

Diário – Se eleito, quais as prioridades?

Miguel - Em primeiro lugar, a saúde e saneamento básico são prioridades. Fazendo saneamento, estaremos cuidando da saúde preventiva. Hoje 40% da população vai até o hospital por motivos de doenças provenientes de saneamento básico. A coleta de lixo e aterro sanitário são responsáveis por outra parte. Trabalhando de forma correta nessas prioridades, consigo tirar 40% por cento dos problemas no setor de saúde. Outra prioridade é resolver o problema do trânsito, sinalização, inversão de mão, rotatória, sinais adequados e planejar o município a média e longo prazo. Grandes avenidas devem ser criadas, mas para isso, é preciso planejamento e mais de 4 anos para executar. Esse processo é demorado.

Diário – E o transporte coletivo?

Miguel – É preciso criar novas linhas e trazer novas empresas. Temos hoje um monopólio e linhas de ônibus que não atendem a demanda da população. É necessário o terminal de integração e construir abrigos. A 7 de Setembro está bonita, mas precisa ser ampliada para atender a demanda nos bairros. Na hora que existir em Porto Velho transporte coletivo de qualidade, o cidadão deixará o carro em casa e passará a andar de ônibus. Com isso, reduz o número de veículos e os acidentes. Hoje 60% dos acidentes acontecem em função do trânsito e superlotam o hospital João Paulo II.

Diário – A rede de esgoto?

Miguel – É um trabalho grande, mas quem é do ramo é fácil de resolver. O número de bairros aumentou. Quem é o gestor da água no município? Compete a prefeitura fiscalizar a execução dos trabalhos. Hoje a Caerd abre um buraco e demora fechar. A culpa é das empresas e a fiscalização compete ao município.

Diário – Que inovações você pretende trazer para Porto Velho?

Miguel – Estivemos visitando vários estados em busca de novas experiências. Em Curitiba, por exemplo, o transporte coletivo serve de modelo e pretendo colocar em prática na cidade. A segurança eletrônica poderá substituir a guarda municipal. O serviço de segurança compete a PM.  A fiscalização eletrônica tem contribuído para reduzir o número de crimes em vários estados. O monitoramento nas escolas é outra alternativa. 

Diário – Que será o seu adversário?

Miguel – Adversário não se escolhe. Não sabemos quem vai desistir. Muitos candidatos bebem água na mesma fonte. As propostas de governo vão fazer a grande diferença. O eleitor hoje, principalmente de Porto Velho, está preocupado com o pós-usinas. Ele (eleitor) vai avaliar a melhor proposta.

Diário – O prefeito diz que asfaltou 800 quilômetros de ruas. O senhor vai dar sequência?

Miguel – Em 2010 existiam 1200 km de ruas em Porto Velho. Ele (prefeito Roberto Sobrinho) diz que fez 400 km,  mas se esqueceu que  100 km de vias foram recapeadas como, por exemplo, as avenidas Calama, Jorge Teixeira, Carlos Gomes e Abunã. Estão (secretários) incluído recapeamento como se fosse asfalto.  Alguém não fala correto ou tá falando errado. Faltam mais 600 km de vias para pavimentar. Novos bairros surgiram e os problemas também. A capacidade  de média da prefeitura é pavimentar 50 km por ano, mas posso buscar emenda e parceria com o Estado, financiamento para acelerar o processo de pavimentação das vias.

Diário – Como prevê essa campanha, dentro das denúncias, pesquisas?

Miguel - As pesquisa não me preocupam porque não tratam hoje do cenário atual. O eleitor ainda está muito distante do processo eleitoral ainda. Muitos não sabem que são candidatos. Não existem favoritos para a disputa. Estão todos no mesmo nível.  

Diário – Tem obras importantes para 2013

Miguel – O primeiro passo é atualizar o plano diretor. Esse foi discutido mas não atualizado. É preciso estabelecer as prioridades para aumentar a arrecadação e o controle do município. Saber a capacidade de recurso para planejar. O segundo ponto é centralizar e agilizar os serviços da prefeitura. Hoje o cidadão perde muito tempo procurado secretarias para resolver problemas da ordem financeira e administrativa.

Diário – E a questão do lixo?

Miguel – Não existe hoje coleta seletiva de lixo. Não existe limpeza urbana e falta coleta adequada. Na verdade, falta gestão. Existe um contrato que está sendo descumprido.
Fonte; Diário da Amazônia
Autores: Marcelo Freire/Carlos Sperança

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