29 de junho de 2012

Aluizio Vidal pode ser surpresa nas eleições de 2012



Porto Velho, Rondônia - O pastor Aluizio Vidal sempre esteve à frente de movimentos estudantis, mas nunca imaginou ingressar na política. Chegou a pensar em se filiar ao PT, mas acabou desistindo da ideia. Optou em se dedicar ao trabalho religioso. A surpresa aconteceu nas eleições de 2010, quando decidiu disputar uma cadeira ao Senado. Fez mais de 40 mil votos e foi surpresa na Capital: mais de 25 mil. “Até eu fiquei surpreso”, conta.
Natural de Dourados, Mato Grosso, pastor Aluizio Vidal é casado, tem duas filhas e chegou a Rondônia no início da década de 90, após se formar em psicologia. Pé no chão e realista com os problemas da cidade, ele disse que as necessidades do município não serão resolvidas em apenas quatro anos. “Dizer que está preparado para administrar Porto Velho é péssimo. Mas existem pessoas que estão preparadas para liderar preparados. O que me inspirar é motivar liderança”.

Diário - Como foi seu ingresso na política?
Aluizio - Sempre militei em movimento estudantil e depois passei a atuar na vida vida religiosa. Procurei o Partido dos Trabalhadores para me filiar, mas fiz a opção de ingressar na religião. Me filiei em 2005 e disputei o cargo de deputado estadual nas eleições de 2006, sendo o mais votado do PSOL. Nas eleições de 2010, disputei o cargo de senador e fiquei impressionado com a aceitação do eleitorado. Foram mais de 25 mil votos na Capital. Uma surpresa.

Diário: Qual o segredo da votação naquele ano?
Aluizio: Ao segmento evangélico. Fui votado em todos os municípios do Estado. Nossa campanha foi a mais barata. Gastamos apenas R$ 5 mil.

Diário: Qual o segredo? Você está filiado em um partido de esquerda e ser pastor evangélico?
Aluizio: Temos dentro do segmento evangélico posturas políticas diferentes. Grupo pragmático e clientelista. Um grupo discute a responsabilidade social e outro a ética na política. Existe um grupo de pastores que se reúne com frequência para discutir os problemas da cidade.

Diário: O que inspira ser candidato?
Aluizio: Faz parte de um amadurecimento e discussão dentro do próprio partido. O que me inspira, e eu acredito muito, que uma liderança política não é líder sozinha Podemos trabalhar na inspiração de liderança de popular. Dizer que está preparado para administrar Porto Velho é péssimo. Mas existem pessoas que estão preparadas para liderar. O que me inspira é motivar liderança.

Diário: Quais as propostas para Porto Velho?
Aluizio: Primeiro precisamos trabalhar um governo popular, onde as lideranças da cidade possam participar do processo administrativo. Por outro lado, é preciso transparência administrativa. A cidade, por exemplo, precisa saber do valor do contrato de coleta de lixo com a Marquise. Precisamos criar fatos políticos motivadores, por exemplo: educação. Não dar para ter tempo integral nas escolas públicas. Ninguém vai fazer isso em apenas quatro anos. Precisamos criar fatos políticos, começar a fazer o processo de valorização do professor e reciclagem acadêmicos.

Diário: Na saúde?
Aluizio: Porto Velho precisa investir na saúde preventiva e não curativa. Vamos receber brevemente duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A questão hospitalar está melhorando. O nosso desespero no futuro não será hospitalar e sim investir na prevenção da saúde. A prefeitura precisa insistir politicamente no saneamento básico.
Diário: Infraestrutura, fale um pouco.
Aluizio: Porto Velho não vai passar agora por grandes projetos. Vamos fazer o arroz com feijão, ou seja, o básico. A prioridade, e temos que ser realista, é saneamento básico. A questão da água virou um caos. Nesse momento o combate as alagações será prioridade, além do serviço de rede de esgoto e drenagem da água. Não temos centro de convivência e praças.

Diário: O lençol freático está contaminado. O que fazer agora?
Aluizio: É necessária uma avaliação profunda e técnica sobre o assunto. O plano piloto precisa vir a publico e o projeto precisa ser discutido com a sociedade. A quantidade de invasões continua.

Diário: O trânsito se tornou um caos, como resolver o problema?
Aluizio: Dentro do nosso projeto não temos condições de melhorar Porto Velho sem passar pelo trânsito. Temos problema de educação mais que infraestrutura. A solução desse problema vai passar pela educação de trânsito. A mudança estrutural não será o foco nesse momento. Vai acontecer com o tempo. Muitas ruas ainda não estão sendo utilizadas para desafogar o trânsito nas horas de pico. A rua Afonso Pena, por exemplo, pode ser auxiliar da avenida Carlos Gomes. Hoje está um caos transitar pela Carlos Gomes.

Diário: O orçamento de Porto Velho está em queda. Como conduzir isso no futuro pós-usinas?
Aluizio: O PT conseguiu bom resultado com o orçamento participativo no Rio Grande do Sul. Não pretendemos implantar grandes obras e sim executar o essencial. O pós-usinas nos preocupa muito. Temos que enfatizar a pequena produção e pequena industrial. É preciso oferecer mais benefício fiscal para atrair empresas, o que vai proporcionar a geração de emprego. É natural que as cidades façam isenções de impostos para trazer novas indústria. É um desafio para estimular.

Diário: O PSOL comanda uma chapa puro sangue. E as alianças?
Aluizio: Participamos de encontros e no âmbito nacional existe uma recomendação para aliança com o PSTU e PCB. O meu vice é o professor Francisco Marto de Azevedo, também filiado ao PSOL e com experiência.

Diário: Vocês chegaram a conversar com o PSB?
Aluizio: O Mauro [deputado federal Mauro Nazif e pré-candidato a prefeito] nos chamou para conversar, mas a própria proposta de aliança junto com outros partidos não avançou.

Diário: Porto Velho daqui a 10 anos?
Aluizio: Uma cidade mais bonita, prática e funcional. Onde as pessoas tenham paixão e orgulho por Porto Velho. Minhas filhas não querem ir embora daqui. Recebi um convite recentemente para deixar o município e morar em Campo Grande. Minha família foi contra. Volto a dizer que alguns fatos políticos têm que chamar o crescimento de Porto Velho.

Diário: Obras prioridades para 2013?
Aluizio: A rodoviária municipal não tem como ficar do jeito que está. No local, precisa construir um parque ou criar uma rotatória para fluir o trânsito. É claro que a sociedade precisa ser ouvida.

Diário: Transporte de massa?
Aluizio: Passa pela quebra do monopólio das empresas. A qualidade do ônibus que circula precisa melhorar. Não tem sentido utilizar um carro e transitar 12 quilômetros para ir até a faculdade. Se o ônibus melhorar, o trânsito vai desafogar e haverá um número menor de acidente.

Diário - Que experiência acharia importante trazer a Porto Velho?
Aluizio – No cenário administrativo temos muito a apreender com as cidades de Curitiba, Campos Grande e Porto Alegre. Porto Velho precisa da autoestima de Rio Branco.

Texto: Marcelo Freire/Carlos Sperança
Fonte: Diário da Amazônia.

28 de junho de 2012

Miguel: "Tenho o melhor plano de governo

O Partido Republicano (PR) realiza na próxima sexta-feira, às 9 horas, no plenário da Câmara de Vereadores, convenção para homologar a candidatura do ex-deputado federal Miguel de Souza. “Tenho o melhor plano de governo para Porto Velho”, garante Miguel. Ele se prepara para apresentar, durante o encontro, as propostas para administrar o município.

Natural de Cubati (PR), Miguel, 58 anos, 3 filhos, reside em Porto Velho há 32 anos. “Recém-formado em engenharia civil, deixei o Estado da Paraiba e viajei até Manaus. A convite de um amigo, cheguei em Rondônia atraído pelo novo eldorado”, disse. Em Porto Velho criou o Sinduscon e ajudou a estruturar a Federação da Indústria e Comércio (Fiero).

Na eleição de 94, ele disputou o cargo de deputado federal, mas não foi eleito. Ocupou a presidência da Fiero, foi vice-governador e secretário da Indústria e Comércio (hoje Sedes), deputado federal e por último assumiu diretoria do DNIT em Brasília. “Estou preparado para administrar Porto Velho”, disse.

Diário - Como viu as demissões de milhares de servidores na época do ex-governador José Bianco?

Miguel de Souza – O governo Raupp assinou vários acordos de ajustes fiscais, que comprometeram a folha de pagamento do Estado. O governo Bianco ainda relutou durante um ano para não demitir. Por outro lado, estava começando a vigorar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece limite de gastos com servidores, e o Governo Federal chegou a ameaçar o repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Não teve outra alternativa. Teve que demitir.

Diário – Na época das demissões, existiam pessoas morando no exterior que não trabalhavam?

Miguel – Não foram demitidos 10 mil servidores como chegou a ser noticiado. No meio dos injustiçados, existiam servidores com contratos temporários e outros que moravam no exterior e não trabalhavam. Tanto é verdade que quando o ex-governador Ivo Cassol fez a reintegração desses servidores, foram recontratados 3 mil funcionários.

Diário – Como nasceu a decisão de disputar a prefeitura?

Miguel  - Como secretário de Indústria e Comércio,  criamos vários projetos de incentivos fiscais para Rondônia. Disputei novamente a eleição de  2010 para o cargo de vice-governador e não conseguir ser eleito. Não saímos vitoriosos, mas começamos estudar a questão Porto Velho. O momento é agora.  É hora de dar minha contribuição para Porto Velho. Estou há mais de um ano levantando os problemas. Não vejo um nome mais preparado para começar administrar o município.

Diário -  Por que rompeu o acordo com o frentão PSD, PSDB e PV?

Miguel – Era para definir um candidato a prefeito desse grupo com o apoio dos demais. Percebi que as coisas estavam caminhando fora do combinado e vi que não teria como apresentar propostas dentro do grupo. O PR tem dois minutos de tempo na televisão e tem propostas para apresentar.

Diário – Como estão as alianças?

Miguel – Estamos ainda em conversas com outros partidos. Nossa convenção acontece na próxima sexta-feira. Até lá, muito coisa pode acontecer. Estamos em conversa com o DEM, que tem um bom tempo de televisão, o será suficiente para apresentar nossas propostas. Tenho o melhor plano de governo.

Diário – Se eleito, quais as prioridades?

Miguel - Em primeiro lugar, a saúde e saneamento básico são prioridades. Fazendo saneamento, estaremos cuidando da saúde preventiva. Hoje 40% da população vai até o hospital por motivos de doenças provenientes de saneamento básico. A coleta de lixo e aterro sanitário são responsáveis por outra parte. Trabalhando de forma correta nessas prioridades, consigo tirar 40% por cento dos problemas no setor de saúde. Outra prioridade é resolver o problema do trânsito, sinalização, inversão de mão, rotatória, sinais adequados e planejar o município a média e longo prazo. Grandes avenidas devem ser criadas, mas para isso, é preciso planejamento e mais de 4 anos para executar. Esse processo é demorado.

Diário – E o transporte coletivo?

Miguel – É preciso criar novas linhas e trazer novas empresas. Temos hoje um monopólio e linhas de ônibus que não atendem a demanda da população. É necessário o terminal de integração e construir abrigos. A 7 de Setembro está bonita, mas precisa ser ampliada para atender a demanda nos bairros. Na hora que existir em Porto Velho transporte coletivo de qualidade, o cidadão deixará o carro em casa e passará a andar de ônibus. Com isso, reduz o número de veículos e os acidentes. Hoje 60% dos acidentes acontecem em função do trânsito e superlotam o hospital João Paulo II.

Diário – A rede de esgoto?

Miguel – É um trabalho grande, mas quem é do ramo é fácil de resolver. O número de bairros aumentou. Quem é o gestor da água no município? Compete a prefeitura fiscalizar a execução dos trabalhos. Hoje a Caerd abre um buraco e demora fechar. A culpa é das empresas e a fiscalização compete ao município.

Diário – Que inovações você pretende trazer para Porto Velho?

Miguel – Estivemos visitando vários estados em busca de novas experiências. Em Curitiba, por exemplo, o transporte coletivo serve de modelo e pretendo colocar em prática na cidade. A segurança eletrônica poderá substituir a guarda municipal. O serviço de segurança compete a PM.  A fiscalização eletrônica tem contribuído para reduzir o número de crimes em vários estados. O monitoramento nas escolas é outra alternativa. 

Diário – Que será o seu adversário?

Miguel – Adversário não se escolhe. Não sabemos quem vai desistir. Muitos candidatos bebem água na mesma fonte. As propostas de governo vão fazer a grande diferença. O eleitor hoje, principalmente de Porto Velho, está preocupado com o pós-usinas. Ele (eleitor) vai avaliar a melhor proposta.

Diário – O prefeito diz que asfaltou 800 quilômetros de ruas. O senhor vai dar sequência?

Miguel – Em 2010 existiam 1200 km de ruas em Porto Velho. Ele (prefeito Roberto Sobrinho) diz que fez 400 km,  mas se esqueceu que  100 km de vias foram recapeadas como, por exemplo, as avenidas Calama, Jorge Teixeira, Carlos Gomes e Abunã. Estão (secretários) incluído recapeamento como se fosse asfalto.  Alguém não fala correto ou tá falando errado. Faltam mais 600 km de vias para pavimentar. Novos bairros surgiram e os problemas também. A capacidade  de média da prefeitura é pavimentar 50 km por ano, mas posso buscar emenda e parceria com o Estado, financiamento para acelerar o processo de pavimentação das vias.

Diário – Como prevê essa campanha, dentro das denúncias, pesquisas?

Miguel - As pesquisa não me preocupam porque não tratam hoje do cenário atual. O eleitor ainda está muito distante do processo eleitoral ainda. Muitos não sabem que são candidatos. Não existem favoritos para a disputa. Estão todos no mesmo nível.  

Diário – Tem obras importantes para 2013

Miguel – O primeiro passo é atualizar o plano diretor. Esse foi discutido mas não atualizado. É preciso estabelecer as prioridades para aumentar a arrecadação e o controle do município. Saber a capacidade de recurso para planejar. O segundo ponto é centralizar e agilizar os serviços da prefeitura. Hoje o cidadão perde muito tempo procurado secretarias para resolver problemas da ordem financeira e administrativa.

Diário – E a questão do lixo?

Miguel – Não existe hoje coleta seletiva de lixo. Não existe limpeza urbana e falta coleta adequada. Na verdade, falta gestão. Existe um contrato que está sendo descumprido.
Fonte; Diário da Amazônia
Autores: Marcelo Freire/Carlos Sperança

26 de junho de 2012

Mário Português tem aval do PPS e entra na disputa eleitoral

Porto Velho, Rondônia - O empresário Mário Português, de 65 anos, aceitou o desafio de colocar seu nome à disposição do PPS na disputa pela Prefeitura de Porto Velho. Natural de Portugal, região de Coimbra, veio para o Rondônia em 1973, onde instalou um restaurante no município de Cacoal e logo depois um hotel na cidade de Ariquemes. Hoje ele é proprietário da empresa Distribuidora Coimbra, presente em vários municípios de Rondônia. “Estou na política para trabalhar e dar minha parcela de contribuição”, disse o Mário Português, que após lançar sua pré-candidatura começou a receber ligações e apoio de pequenos empresários. “Inclusive eles já estão oferecendo dinheiro para minha campanha”, explicou.

Diário – Por que entrar na política, já que o ramo empresário tem bom retorno e menos dor de cabeça?

Mário Português – Por conta do desmando e falta de respeito com o cidadão. Falei com minha família, que reprovou a iniciativa de imediato, mas depois concordou pela seriedade na condução do trabalho em minha empresa.

Diário - Nos bastidores, você seria vice de Miguel?

Mário – Me filei ao PPS em 2005. Entendia pouca coisa de política. Conversei com o Miguel (Miguel de Souza, pré-candidato do PR) para ser candidato a vice-prefeito na chapa. Falei com o João Cahulla, presidente do PPS, que não concordou e me ofereceu o cargo de prefeito pelo partido. Aceitei na mesma hora.

Diário - Existe uma frente popular formada por cinco partidos. Algum migrou para O PPS?

Mário – Não tem nada definido. Tive ontem uma conversa com o presidente regional do PTN, deputado estadual José Lebrão, e o presidente do Municipal, Mauro Brisa. Eles toparam fazer parte do nosso projeto político. Faço aqui um convite a todos os partidos que desejam somar conosco.

Diário – Quem será seu vice?

Mário – Precisamos de apoio para governar Porto Velho. O partido que não estiver coligado com outras legendas políticas, ainda tem espaço e será bem vindo.

Diário - Sendo eleito prefeito de Porto Velho, o que seria prioridade hoje?

Mário – Estamos desenvolvendo o nosso plano de governo. Tem muito serviço a ser executado. Não adianta a prefeitura varrer a rua com um buraco na frente da residência do morador.  Vamos dar um choque de gestão na cidade.

Diário – Partindo para setor de saúde, qual a prioridade?

Mário – Se eleito, a prioridade será a construção do hospital municipal. Porto Velho é a única cidade do Brasil que não tem um hospital municipal. O nosso plano de governo está incluso a construção do centro administrativo e parque de exposição. Vamos chegar ao governo e dizer o que posso fazer ou não. Pretendo desafogar o João Paulo (hospital). Muitos procuram a unidade de saúde por problemas que podem ser resolvidos nos postos de saúde. Minha revolta aqui é que quando procuramos um médico, parece que ele está fazendo um favor.

Diário - Como será o desafio de administrar a Capital com a arrecadação em queda?

Mário – Os empresários estão preocupados com o pós-usina. Recentemente participei de uma reunião onde o problema foi apresentado. Como empresário, defendo a saída para o Pacífico, passando por Porto Velho, construção da ponte para Manaus e alternativas que permitam escoar a produção agrícola. O próprio dinheiro da compensação das usinas do rio Madeira pode ser utilizado e gerar empregos.

Diário – Rondônia concentra parte de sua economia na produção de carne e pescado. Como vê a chegada da soja em Porto Velho?

Mario - Rondônia começa a crescer na produção de soja. O preço do alimento em Porto Velho e maior em relação ao interior, sendo que o custo de produção é o mesmo. Ocorre que na Capital não existe secador para armazenar o produto. É uma área que precisa ser explorada e que vai contribuir na geração de emprego.

Diário – O atual prefeito fez mais de 800 quilômetros de asfalto ao longo dos últimos oito anos. O que você pensa no futuro?

Mário – Porto Velho precisa ser urbanizada e menos asfalto. Falta planejamento na execução de obras. Hoje existe o asfalto, mas não tem a calçada. Gosto de fazer as coisas pensando no futuro. 

Mário – Como encarar o problema do esgoto sanitário, que não existe na Capital?

Mário – Porto Velho não tem esgotamento sanitário por conta de um vereador que foi denunciar no Tribunal de Contas da União que existia irregularidade na contratação. Mas não vou entrar nessa questão. Existem recursos para esse tipo de investimento, basta buscar dinheiro a fundo perdido. Mas para isso, o município precisa de uma pessoa que tenha credibilidade. Na nossa gestão, vamos priorizar esse setor.

Diário – Tradicionalmente, governador e prefeito não dançam a mesma música. Como será a gestão Mário Português com Confúcio Moura?

Mário - Na sexta-feira passada liguei para o senador Valdir Raupp. Disse que sou pré-candidato de Porto Velho e não de partido A ou B. Essa semana estarei conversando com o governador Confúcio Moura e vou dizer que administrarei Porto Velho assim como administro minhas empresas, com respeito, seriedade e zelo pelo patrimônio. Qual o empresário que não tem problemas? É claro que os problemas sempre surgirão. É possível ser sério quando tem desejo de fazer algo em benefício da cidade.

Diário – Pelo número de candidatos hoje, a eleição deve caminhar para segundo turno. Qual sua avaliação?

Mario – Penso em ganhar a eleição no primeiro turno. Sou sempre otimista. Vou passar esse otimismo à população. Tenho fé que consigo transmitir à população o que desejo  fazer pela cidade. Essa vontade política está recebendo novos adeptos. Muitos estão ligando querendo oferecer recursos para minha campanha. E quando isso acontecer, vou mostrar à sociedade tudo o que será doado. Minha campanha será transparente, assim como é minha atividade na empresa. Todo o meu patrimônio está no meu nome. Pretendo apresentar aos órgãos públicos o meu patrimônio, incluído gado, fazenda e bezerro.

Diário – E as conversas sobre a nominata de pré-candidatos à Câmara?

Mário - Vamos eleger o maior número de vereadores. Por outro lado, serie firme no meu propósito. Os vereadores vão ajudar minha administração. Não pagarei um centavo para  vereador aprovar projeto em benefício do município. Também acredito que jamais um vereador irá pensar em votar contra o interesse da comunidade.

Diário – O Tribunal de Contas apontou falhas em algumas obras do município e Estado. Como conduzir eventuais obras paradas?

Mario – A prefeitura precisa de pessoas especializadas e evitar esse tipo de problema. Sabemos das exigências. Para se ter um exemplo, moradores do meu bairro fizeram parceria com a prefeitura e conseguimos pavimentar as ruas do bairro. O asfalto já dura mais de dez anos e continua o mesmo.

Diário – A obra da rodoviária foi embargada pelo TCE? Como proceder?

Mario – É preciso avaliar essa questão. Acho que ali não é local adequado para construir uma rodoviária. Tem que fazer um novo planejamento.

Diário – Você se considera um brasileiro, apesar de ter nascido em Portugal?

Mário - Sou brasileiro por opção. Estou em Porto Velho há 16 anos. Não tenho propriedades em Portugal. Conheci a capital de Rondônia quando existiam 75 mil habitantes. Vim de família pobre. Cheguei ao Brasil em 1973. Fui trabalhar com meu tio em Maringá, no Paraná. Deixei o serviço e fui atuar de vendedor e depois trabalhei em um atacadão. Após me casar, abri uma mercearia e decidi conhecer Rondônia. Montei um restaurante em Cacoal e comecei a trabalhar no ramo de atacado.

Carlos Sperança
cseperanca@uol.com.br

Marcelo Freire
mfreire@diariodaamazonia.com.br

Fonte: Diário da Amazônia.

Conselheiros sacavam na boca do caixa cheques da conta do tribunal, diz MP


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tornou pública ontem denúncia do Ministério Público Federal contra cinco conselheiros, três servidores e dois conselheiros aposentados do Tribunal de Contas do Estado do Amapá (TCE/AP). Eles teriam sido responsáveis por desviar mais de R$ 100 milhões do tribunal entre os anos de 2001 a 2010. O esquema foi descoberto em 2010, pela Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal (PF). Entre as infrações estão incluídas formação de quadrilha, peculato e ordenação de despesas não previstas em lei.
- A Operação Mãos Limpas deu ensejo a várias denúncias. Inclusive essa, que foi a principal. Foram constatadas inúmeras irregularidades, desvio de dinheiro público, no estado do Amapá. Recebi a informação que essa é a operação que mais apreendeu bens por causa de desvio de dinheiro público entre todas as operações da história da Polícia Federal - disse o subprocurador-geral da República Eitel Santiago de Brito Pereira, responsável pela denúncia.
Segundo investigação da PF e do Ministério Público Federal, o esquema funcionava da seguinte forma: os envolvidos descontavam cheques da conta do tribunal, sempre em espécie, na boca do caixa, geralmente em agência diferente daquela em que o TCE/AP possui conta-corrente. Para justificar os saques no orçamento, servidores da área financeira os computavam como "outras despesas variáveis". A prática de saques em espécie na conta da instituição não possui qualquer embasamento legal, pois não é permitida pela Lei de Finanças Públicas. Em um só dia, um dos conselheiros aposentados denunciados chegou a sacar R$ 100 mil, a título de "ajuda de custo".
A "orgia orçamentária", como Eitel Santiago se refere ao caso, causava prejuízos tão grandes que, após a deflagração da Operação Mãos Limpas, quando os saques foram suspensos, o tribunal pôde quitar uma antiga dívida com o Instituto de Previdência do Amapá.

Fonte: O Globo

25 de junho de 2012

Consulta plebiscitária vai definir limite de municípios

Autor: Marcelo Freire


Porto Velho, Rondônia - O eleitorado dos municípios de Nova Brasilândia e Castanheiras  terá uma responsabilidade maior nas eleições do dia 7 de outubro. Além de eleger seus representantes nas eleições municipais para prefeito e vereador, a população participa de uma consulta plebiscitária que decidirá sobre desmembramento de uma área de Nova Brasílândia para incorporação à área do município de Castanheiras. 
Os ajustes necessários para essa eleição extra ganharam ritmo acelerado essa semana no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O plebiscito acontece a pedido da Assembleia Legislativa e será conduzido pela 15ª Zona Eleitoral de Rolim de Moura. No dia da eleição, aparecerá a seguinte pergunta na urna eletrônica: “Você é a favor que parte da área de Nova Brasilândia passe a pertencer a Castanheiras?”.
De acordo com o calendário eleitoral aprovado pela Justiça Eleitoral, no próximo dia 5 encerra o prazo para representação das frentes suprapartidárias que conduzirão o processo eleitoral. Conforme ficou estabelecido na Resolução 19/2012, essas frentes partidárias podem ser representadas por dirigentes partidários e pessoas habilitadas para o processo. 
O município de Nova Brasilândia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), tem uma área de 1.155,35 km², enquanto que Castanheiras mede 892,84 km². A mudança de área beneficiaria a cidade de Castanheiras.
Pela proposta aprovada pelo TRE, a alteração será a seguinte: partindo da foz do Rio Lacerda de Almeida ou Bolonês no Rio Muqui, sobe o Rio Lacerda de Almeida até a Estrada Vicinal LH 48. Deste ponto, segue pela LH 48 até o Rio Acangapiranga; desce por este até a sua foz no Rio Muqui ou Ricardo Franco; desce por este até encontrar a foz do Rio Lacerda de Almeida ou Bolonês, ponto de partida. 


22 de junho de 2012

Dalton preparado para novo desafio fora da televisão




O jornalista e apresentador de televisão, Dalton de Franco, de 52 anos, disse que está preparado para encarar um novo desafio fora das telas. Ele quer ser prefeito de Porto Velho e terá seu nome homologado na convenção do PDT do próximo dia 30. Na reta final do período reservado às convenções partidárias, o pedetista intensifica conversas políticas para fechar alianças. “Estamos em conversa com vários partidos, mas não tem nada fechado”, disse.

Dalton é apresentador dos programas “Plantão de Polícia” e a “A Hora do Rush”, na Rede TV. Ele nasceu no Seringal Recreio, região de Ariquemes, que na época pertencia a Porto Velho. O jornalista é casado, tem cinco filhos, sendo três biológicos e dois adotivos. 

Residindo na Capital há 42 anos, além de jornalista, Dalton é graduado em administração e bacharel em direito. Diz estar preparado para assumir o grande desafio e fala das prioridades.



Diário – Nos anos 90 você viveu grande momento político e teve a oportunidade de disputar a prefeitura de Porto Velho. O que aconteceu?

Dalton – Simplesmente por decisão de forças estranhas. Eu fazia parte da base de apoio do ex-prefeito Chiquilito Erse. O meu nome e de outro candidato estavam na disputa.  Por questões partidárias, optaram em lançar outra candidatura e meu projeto acabou ficando para outra oportunidade. Esse momento chegou.  

Diário – Por que ser prefeito?

Dalton – Estou mais maduro e melhor preparado para conduzir o destino da nossa população. Sei das dificuldades que hoje o município enfrenta. É o momento de dar minha parcela de contribuição para melhorar a vida da sociedade.

Diário - As carências do município?

Dalton - Falta planejamento. Hoje a questão crucial da nossa cidade é o trânsito. Não temos vias de escoamento que permitam o trânsito fluir de forma rápida, o que aumenta o número de congestionamento de veículos na cidade. O papel da União, Estado, Prefeitura na área da saúde se confunde. Situação semelhante enfrenta a educação. Não temos creches suficientes para atender as crianças e por conta disso, as mulheres não tem como trabalhar porque não tem com quem deixar as crianças.

 Diário – O que você pensa no pós-usinas?

Dalton - O próximo prefeito de Porto Velho tem que ser empreendedor, trazer indústrias, fábricas e valorizar a matéria prima que é enviada para fora do país. Hoje temos uma floresta muita rica e sua riqueza está saindo do Estado.

Diário – Com relação aos distritos, como você vê o processo de emancipação?

Dalton – Defendo que a Ponta do Abunã seja emancipada. A Prefeitura não consegue atender de maneira rápida a demanda dos distritos em função da distância. Os gestores dos distritos precisam de autonomia para gerenciar recursos para pequenas obras. A emancipação é alternativa e garantirá vida própria à população.

Diário – Com relação às alianças?

Dalton – Estamos discutindo com vários partidos políticos, mas não tem nada fechado até o momento. Esse período agora requer muito diálogo. Temos uma nominata forte de pré-candidatos a vereador e precisa eleger representantes do PDT na Capital.  

Diário – Existe a possibilidade de você ser vice do PT?

Dalton – O PDT tem importância no processo político da Capital. Nosso nome ganhou força nas ruas. As pessoas conhecem nosso trabalho. Foi por isso que o partido optou em candidatura própria e, ao mesmo tempo, fortalecer a nossa nominata de pré-candidatos a vereador.

Diário – Como você vê Porto Velho nos próximos anos?

Dalton – Imagino Porto Velho uma cidade muito melhor. Trânsito fluindo bem, a saúde funcionando, empregos sendo gerados e as pessoas se preparando para o futuro. Quero dar minha contribuição para isso acontecer.

Diário – Se eleito, nos primeiros meses, você vai enfrentar uma arrecadação menor?

Dalton – Será um momento crítico, mas temos que implantar um choque de gestão. Preparar projetos. Para isso teremos o apoio da bancada federal, do senador Acir Gurgacz, deputado federal Marcos Rogério e demais parlamentares. Vamos aumentar o diálogo com a bancada federal e definir as prioridades em 2013.

Diário – Como será a relação com o governador Confúcio Moura?

Dalton – Temos uma boa relação com o governo. Porto Velho é uma cidade importante para Rondônia e necessita do apoio do governo do Estado. Muitos candidatos do interior, em época de eleição, garantem boa parte dos votos na Capital e depois viram as costas pra Capital. Vejo que eles (deputados) devem retribuir os votos que garantiram sua vitória em Porto Velho.  O governador Confúcio Moura enfrenta problemas para administrar Rondônia. O Estado cresceu, os países ricos estão em crise e tudo isso reflete em Rondônia. Mas tudo é passageiro. Dias melhores virão e confio no governo.

Diário – Como espera resolver as obras inacabadas?

Dalton – Vamos concluir as obras que não forem entregues pelo prefeito dentro do prazo. É preciso ter muito zelo com o dinheiro do contribuinte. Porto Velho cresceu de forma descontrolada e os problemas aumentaram. Não será missão fácil, mas estamos preparados.

Diário – E a nova rodoviária e centro administrativo?

Dalton – A nova rodoviária deveria ser construída na zona Leste. Ajudaria a reduzir o fluxo de veículos na região central da cidade e, por outro lado, beneficiaria a mobilidade urbana. Na zona Leste existe uma área suficiente para atender a demanda do município. O espaço também é suficiente para construir o novo centro administrativo. Atualmente as secretarias mudam de forma constante e isso acaba prejudicando a população. Se concentrar todas as secretarias e um único local, ajudar a vida dos moradores  que vão em um único local resolver seus problemas.

Diário – O PDT já elegeu bons prefeitos e você é herdeiro político do Chiquilito. Como se inspirar na gestão?

Dalton - Chiquilito era um prefeito trabalhador, de vontade política e tinha amor pela terra. Seu trabalho rendeu na época o prêmio de melhor prefeito do Brasil, segundo apontou pesquisa do Datafolha. Fez muito pela cidade. Nós temos essa mesma dinâmica e vontade de trabalhar.

Diário – Como tratar da questão do funcionalismo público?

Dalton – O servidor público é importante para o município de Porto Velho. Temos que tratar bem o servidor e melhorar também as condições de trabalho e salários. O setor de arrecadação do município, por exemplo, tem de oferecer tratamento especial para o cidadão que vai pagar seus tributos. É preciso capacitar, melhorar salários e contratar mais técnicos, quadro que está com deficiência hoje e que acaba engessando o andamento de obras.

21 de junho de 2012




Porto Velho - Na reta final do período reservado para convenções partidárias, a pré-candidata do PT à Prefeitura de Porto Velho, Fátima Cleide, decidiu correr contra o tempo e intensifica os acordos políticos na busca seu candidato a vice-prefeito nas eleições de outubro. “Estamos em conversas com vários partidos políticos, mas nada fechado. Tudo será consolidado no último dia de prazo”, admite a ex-senadora.

Natural de Porto Velho, Fátima Cleide, de 49 anos, é casada, tem três filhos e diz conhecer de forma profunda as principais necessidades da população. Ela teve seu nome homologado em uma eleição interna realizada pelo PT, na qual conseguiu derrotar candidatos que receberam apoio do atual prefeito Roberto Sobrinho (PT). “Tudo isso passou. O momento agora é de pré-campanha e estamos unidos”, garante. Em entrevista ao Diário, ela fala das metas para as próximas semanas.

Diário - Qual motivo de entrar na disputa da prefeitura de Porto Velho?

Fátima - Executar políticas públicas para melhora a vida do povo. O governo do PT, ao longo dos últimos oito anos, fez muito na área social, mas tem muito ainda por fazer ainda. Não podemos parar e sim avançar. Após a morte do ex-deputado federal Eduardo Valverde que a questão da prefeitura ficou em evidência. O Eduardo, pelo acordo, seria o candidato nessas eleições. Com o seu falecimento, o cenário mudou completamente e apareceram vários candidatos. Disputamos duas prévias e meu nome foi indicado. O PT governou oito anos a cidade de Porto Velho e apresentou resultado positivo para a cidade.

Diário - Se fosse eleita hoje quais as prioridades?

Fátima - Geração de emprego e mobilidade urbana. Hoje o trânsito de Porto Velho se transformou em um verdadeiro caos e o congestionamento invade as ruas. É inviável o cidadão levar  30 minutos para se locomover da Zona Leste até a Avenida 7 de Setembro, no centro.

Diário – Como está o andamento do plano de governo?

Fátima – Estamos em processo de discussão com a população. As ideias vão surgindo durante nossas andanças e muitas propostas surgem no nível técnico, de pessoas que conhecem os problemas e soluções. Recentemente tivemos uma plenária com o PT na Zona Sul e a participação da população foi importante. Vamos ampliar essas discussões na Zona Leste, Norte e chegar aos distritos. Estamos correndo contra o tempo.

Diário – Como estão as alianças do PT com os demais partidos?

Fátima - Ninguém fechou nada. As alianças estão abertas. Estou conversando com o PMDB, PDT, PMN e PR. Claro que desejo repetir a aliança que foi construída em 2008, o que resultou na vitória de Roberto Sobrinho. No entanto, as conversas com o PDT e outros partidos estão bem avançadas.

Diário – E as conversas com PSB?

Fátima - A política é dinâmica e admite flexibilidade. O PSB é importante para o governo da Dilma e para o PT. Ele faz parte do arco de aliança no governo federal. Mas em Porto Velho o PSB tem mantido resistência. Basta ele (Mauro Nazif) querer que estamos de braços abertos para aliança.

Diário - Na pré-convenção do PT no último sábado, o prefeito Roberto Sobrinho não compareceu? Existência alguma divergência?

Fátima - O prefeito estava ruim de saúde e mandou avisar que não poderia comparecer. Mas telefonou ao Cláudio Carvalho (vereador) desejando sucesso na campanha e aos convencionais.

Diário - As conversas com o atual prefeito?

Fátima – O prefeito tem contribuído com informações importantes para produção do plano de governo.

Diário – A senhora acredita em uma polarização?

Fátima – São várias candidaturas apresentadas no momento. É certeza da eleição ser decidida no segundo turno.

Diário – E a transposição?

Fátima – O que estava dentro na nossa responsabilidade fizemos no Senado Federal. Conseguimos aprovar uma PEC da Transposição ao longo de 6 anos. Isso é inédito para o Brasil. Acompanhamos outros enquadramentos e a batalha sempre foi grande. Sou uma pessoa pé no chão. O direito é garantindo constitucionalmente aos servidores. O Governo Federal tem a obrigação de enquadrar.

Diário - Os adversários dizem que a senhora não tem perfil para ser Executiva. Foi assim no Senado?

Fátima – Quando eu estava no Senado diziam que não tinha esse perfil. Agora dizem que não tenho perfil para ser prefeita. Vim da luta sindical e conheço os problemas da administração.

Diário - Como conduzir a  vocação econômica para Porto Velho?

Fátima - Não existe planejamento para quem administra uma cidade que vai fazer 100 anos em 2014, e que está se organizando. Mas a prefeitura tem um papel importante. Temos uma potência mineral e agricultura em franco crescimento. Se tiver um direcionamento de políticas públicas para beneficiar a maioria da população, com certeza vamos melhorar a condição de vida das famílias e gerar vários empregos. Temos uma produção do leite riquíssima e necessitamos sair da economia do contracheque. A questão do turismo é outro fator que precisa ser explorado e organizado.

Diário – E a emancipação dos distritos? Como a senhora vê?

Fátima - Porto Velho é uma região grande e maior que alguns estados. O prefeito Roberto Sobrinho fez muito em muitos lugares, mas a região é grande. O distrito de Jacy-Paraná, devido crescimento populacional em decorrência da construção da usina de Jirau, merece ser emancipado. A Ponta do Abunã é outra região grande e importante e que deve ser emancipada

Diário – Qual avaliação que a senhora faz da Operação Termópilas, deflagrada pela Polícia Federal no ano passado?

Fátima – Chegamos a denunciar no passado que em Rondônia existia o crime organizado e que estava instalado dentro das instituições públicas. Recebemos ameaças de morte e cobramos providências do Ministério da Justiça. Essas cobranças resultaram em várias operações, que culminaram com prisões.

Diário – E o governo Confúcio Moura?

Fátima – Vejo que o governo está tomando decisões importantes que vão modificar a estrutura da saúde no Estado. Temos um Estado quebrado e que agora está se estruturando. O governo está fazendo sua parte, o que não foi feito no passado.

20 de junho de 2012

Vulmar denuncia presidente do TRT


Porto Velho, Rondônia -  Alvo de investigação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, da 14 Região, Vulmar Araújo Coêlho, decidiu na manhã de ontem revelar os bastidores sobre o escândalo envolvendo indícios de irregularidades no pagamento milionário de precatórios em benefícios de professores e servidores administrativos do ex-território federal de Rondônia.

Com um microfone na mão e um carro de som, o ex-presidente do TRT foi até a sede da Justiça do Trabalho, em Porto Velho, e fez a leitura de uma carta em que acusa a atual presidente, Vania Abensur, de criar obstáculos para que não tenha acesso a documentos necessários à sua defesa CNJ. Após fazer a leitura do documento, Vulmar Coelho seguiu em direção a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde repetiu o mesmo ato.

No início do mês, Vulmar foi notificado para apresentar defesa em um procedimento investigatório que trata do pagamento de mais de R$ 100 milhões e o dinheiro teria sido desviado por advogados. Ele é acusado de ameaçar de morte a juiza da 2 Vara Trabalhista, Isabel Carla.O desembargador negou a acusação.

De acordo com a corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, existe forte suspeita de fraude no pagamento envolvendo magistrados e advogados. O processo é resultado de uma dívida que começou a tramitar na Justiça Trabalhista em 1989 e envolvendo o sindicato, advogados, professores e servidores técnicos administrativos do ex-território federal de Rondônia.

Em recente coletiva à imprensa, a desembargadora Vania Abensur disse que foram pagos R$ 100 milhões e determinou a suspensão do processo. “A determinação para pagar esse valor partiu do Tribunal Superior do Trabalho e não do TRT”, justificou na época.

Em visita à redação do Diário, o presidente da Ordem dos Advogados de Rondônia (OAB), Hélio Vieira, informou ontem que a advogada envolvida recebimento do dinheiro foi punida pela OAB. “O que compete a Ordem foi feita. Tomamos todas as providências necessárias”. 

Fonte: Marcelo Freire/Diário da Amazônia