16 de maio de 2011

Governo federal lava as mãos e acata proposta de demissão em massa na usina de Jirau

No último dia 14 de março trabalhadores destruiram canteiro de obras da usina



O clima de tensão e insegurança começa a rondar os trabalhadores da usina de Jirau, em Porto Velho (RO), e pelo menos quatro mil trabalhadores deverão ser demitidos nos próximos dias. A proposta de demissão em massa foi levada pela empresa Camargo Correa durante reunião realizada na última quinta-feira, dia 12, em Brasília.

O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou que o governo federal não abre mão do direcionamento acordado pela empresa Camargo Correa de reduzir o número de funcionários, bem como solucionar os conflitos trabalhistas, além de ampliar a fiscalização sobre os trabalhadores.

Atualmente cerca de 22 mil trabalhadores prestam serviços na execução das obras. No último dia 14 de março uma manifestação no canteiro de obras da usina de Jirau deixou um grande rastro de destruição.

O secretário de relações do trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Messias Melo, afirmou que os sindicatos são contra a demissão de 4 mil trabalhadores, mas pouco podem fazer para evitar as exonerações. Ele lembrou que dos 6 mil funcionários que a empresa Camargo Correa mandou para suas casas, quando o conflito começou, pelo menos 2,5 mil não querem retornar ao trabalho de jeito nenhum".

A reunião realizada em Brasília contou com a participação de representantes da CUT, da Presidência da República, do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção e do Ministério do Trabalho. Centrais sindicais ligadas ao PSTU abandoram a mesa de negociação por não concordar com os acordos.


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