4 de novembro de 2010

Usina de Jirau pronta para receber mais quatro turbinas: Medida implica investimento de R$ 1 bilhão

Os donos das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio entraram em uma briga nos bastidores. As empresas GDF Suez e Odebrecht querem ampliar a capacidade de geração e operação de reservatórios que podem garantir ou eliminar a possibilidade, para um ou para outro, de uma receita extra estimada em R$ 3 bilhões ao longo de suas concessões. Os projetos já estão tramitando na Agencia Nacional de Energia (Aneel).

Desde setembro, a usina de Jirau pressiona a Aneel para aprovar seu projeto de expansão de capacidade. Nas obras da usina, as escavações já estão sendo feitas para abrigar no mínimo mais quatro turbinas do que o projeto original e que gerariam 245 megawatts médios a mais de energia por ano e implicam em um investimento extra de R$ 1 bilhão. Mas para isso a operação do reservatório da usina de Santo Antônio teria que ser feita no nível 70 (altitude em relação ao nível do mar). O problema é que a usina de Santo Antônio bateu à porta da Aneel com um outro projeto que se for aprovado reduz em 40% a nova potência de geração de Jirau.

De acordo com o presidente da Santo Antônio Energia, Eduardo Mello, o projeto de ampliação de capacidade apresentado pela empresa prevê a operação de seu reservatório sazonalmente a uma cota 72. Isso ampliaria a queda da usina e quanto maior a queda, maior a capacidade de gerar energia. Operando à cota 72, ampliando em quatro turbinas a capacidade da usina e levando em conta a ampliação da capacidade de Jirau, a energia a ser entregue ao sistema nacional pelo projeto de Santo Antônio seria de 310 MW médios. O problema para Jirau é que a usina não teria os 245 MW que almeja em seu projeto de ampliação. Isso porque ao operar à cota 72, a queda da usina de Jirau cai em dois metros, reduzindo sua potência para 145 MW médios.

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